Defesa de professor acusado de matar diretor de universidade do norte do PR pede que crime seja reconstituído
A defesa do professor Laurindo Panucci Filho, acusado de matar o diretor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), em Cornélio Procópio, no norte do Paraná, Sérgio Roberto Ferreira, pediu a reconstituição do crime. O assassinato ocorreu no dia 20 de dezembro de 2018.
O advogado alega que há muitas dúvidas a serem esclarecidas e que a
perícia não foi conclusiva sobre as circunstâncias da morte.
O diretor da UENP, que tinha 60 anos, morreu depois de ser agredido
dentro da sala da direção. Laurindo, de 44 anos, foi preso em flagrante,
na madrugada de sexta-feira (21), em Teodoro Sampaio (SP), e confessou o
crime, de acordo com a polícia.
Panucchi Filho agrediu o colega de universidade com golpes de
machadinha. O diretor foi socorrido, mas morreu no hospital. Ouvido pela
Justiça e pelo delegado de São Paulo, o professor disse que o caso foi
uma fatalidade e que “tudo não passou de um equívoco”.
Na defesa preliminar, a defesa diz que o professor não tinha intenção
de tirar a vida da vítima e nem que tivesse planejado o crime. O
advogado afirma que não ficou caracterizado o meio cruel, que dificultou
a defesa da vítima.
O advogado alega que Panucci Filho agiu em legítima defesa após uma
discussão com o diretor e pede a absolvição dele. Detalha que não se
pode falar que o diretor teve dificuldade para se defender, porque se
houve briga na sala, “a vítima poderia ter deixado a sala pela porta de
saída e tinha vários objetos ao seu alcance” para se defender.
A defesa ainda pediu que cinco estudantes e três professores da universidade sejam ouvidos como testemunhas de defesa.
Denúncia
O MP-PR denunciou Laurindo Panucci Filho por homicídio triplamente
qualificado. Segundo a acusação, ele usou meio cruel, dificultou a
defesa da vítima e o crime ocorreu por motivo fútil.
A denúncia afirma que a motivação do crime foi uma advertência formal recebida pelo professor da direção da universidade.
A Polícia Civil ainda encontrou uma nova advertência na mesa de
Ferreira contra o suspeito. O documento continha parte da assinatura do
diretor do campus da UENP.
Preso em São Paulo
O acusado, que confessou o crime, está preso em uma cadeia do interior
de São Paulo, onde foi preso horas depois do crime. A Justiça paranaense
já pediu a transferência, mas ainda não teve o pedido atendido. Um novo
pedido de transferência foi encaminhado à Justiça paulista.
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) marcou para quinta-feira (14) o
julgamento do pedido de Habeas Corpus feito pela defesa do professor
Laurindo. No início deste ano, um desembargador de plantão negou a
liberdade provisória.
FONTE - G1 PR
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