Professora de 37 anos é morta a tiros após ser chamada em janela de casa na BA; família suspeita de ex-companheiro
Uma professora de 37 anos foi morta a tiros, na janela de casa, em
Salvador, após ser chamada por um homem na frente da residência. O crime
ocorreu na noite de terça-feira (5), no bairro de Vila Canária, e é
investigado pela Polícia Civil. O suspeito fugiu logo após os disparos.
Identificada como Priscila Rebeca Oliveira de Souza, a vítima foi
levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de São
Marcos, de onde foi transferida para o Hospital do Subúrbio, mas não
resistiu aos ferimentos.
Priscila foi baleada no quarto em que dormia com a filha mais nova, uma
bebê de 2 meses. No mesmo andar do imóvel, ela abriria, nesta
quarta-feira (6), uma escolinha. Ela morava com a família mesmo prédio.
O irmão da vítima, Pablo Oliveira, que socorreu ela até a UPA, contou
que o suspeito procurou por Priscila do lado de fora da residência, com a
justificativa de que queria fazer matrícula para o filho dele.
"Eu estava lá em cima, não presenciei totalmente. Ouvi o barulho e vim
correndo ver o que era, para dar socorro. O que minha outra irmã, que
viu a situação mais ou menos, conta é que esse homem chegou no portão e
disse que queria falar com Priscila para fazer a matrícula do filho
dele. Priscila foi atender [na janela] e, quando deu as costas, ele
atirou nela", disse Pablo Oliveira.
O homem ainda não foi identificado. A família informou, no entanto, que
ele já havia estado no local pelo menos duas vezes procurando pela
vítima. A escolinha, que abriria nesta quarta, não funcionou.
A família suspeita que o homem tenha agido a mando do ex-companheiro de
Priscila. Os familiares contaram que ela enfrentava disputa contra ele
na Justiça, para ele, que é pai da bebê de 2 meses, reconhecesse a
paternidade da criança. Uma audiência sobre o caso estava marcada para a
quinta-feira (7).
"A gente acha que foi a mando do ex-companheiro dela. Esse homem [o
suspeito de ter matado] já esteve aqui umas duas vezes, então a gente
acha que foi tudo premeditado. Priscila tem uma filha de dois meses com o
ex, mas ele não queria reconhecer a paternidade. A audiência seria
amanhã, mas agora minha irmã está morta", disse o irmão da vítima.
A família de Priscila conta que a vítima não tinha inimigos. "Era uma
pessoa boa. Agora a gente fica assim. Além da bebê, ela tem uma menina
de 10 anos. As duas vão ficar com a gente", afirmou Pablo.
Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) esteve no local do
crime e fez perícia, na manhã desta quarta. A família da vítima também
vai ser ouvida pela polícia. Não há informações de quando e onde
Priscila será enterrada. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
FONTE - GLOBO.COM
Nenhum comentário