A difícil sexta-feira de Beto Richa: juiz bloqueia R$ 166 milhões da família
Não foi fácil para Beto Richa & 
família atravessar esta sexta-feira (8). Primeiro, a notícia e as fotos 
estampadas à tarde em manchete pelo jornal O Globo em que o 
ex-governador aparece com amigos desfrutando férias em hotel de luxo em 
Miami – supostamente, segundo o delator da Quadro Negro, o ex-amigo 
Maurício Fanini, com dinheiro desviado da construção e reforma de 
escolas públicas.
E agora à noite revela-se que o juiz 
federal Paulo Sergio Ribeiro, da 23.ª Vara Criminal, decretou a 
indisponibilidade de bens da família Richa no valor de R$ 166 milhões 
como precaução para cobrir o ressarcimento por atos ilícitos 
investigados pela Operação Integração, que apurou pagamento de propinas 
pelas concessionárias de rodovias do Paraná.
O juiz não perdoa a espécie de bens, 
apenas estabelece o limite de valor total em R$ 166 milhões: imóveis, 
automóveis, depósitos bancários e aplicações financeiras de qualquer 
espécie, participações societárias, além do patrimônio registrado em 
nome das empresas BFMAR e Ocaporã que têm como sócios Fernanda Richa e 
filhos.
Segundo a decisão, o bloqueio dos bens 
serve para evitar possíveis tentativas de dilapidação e ocultação – 
sintoma já percebido com a constatação de recente resgate de R$ 614 mil 
das contas correntes em nome da ex-primeira dama.
O contador da família, Dirceu Pupo 
Ferreira, que se encontra preso e figura como réu da ação penal 
resultante da Operação Integração, também sofreu o bloqueio de bens no 
montante de R$ 4,5 milhões.
Conteúdo – Celso Nascimento “O Contraponto”/ VIA ODAIR MATIAS


