Submarino da Segunda Guerra é encontrado 75 anos depois de desaparecer
Um submarino dos Estados Unidos que
desapareceu há 75 anos foi encontrado no fundo do Mar da China Oriental,
segundo informou nesta segunda-feira (11) o grupo Lost 52 Project, que busca
embarcações americanas desaparecidas.
Com uma tripulação
de 80 membros, o submarino USS Grayback sumiu do mapa em 1944, após ser atacado
por aeronaves japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.
Agora, seus
destroços foram achados na costa de Okinawa, no Japão, pelo explorador
Tim Taylor e sua equipe do Lost 52 Project, que se dedica a procurar e fornecer
informações sobre submarinos e marinheiros americanos desaparecidos na Segunda
Guerra.
O USS Grayback nunca
havia sido encontrado em parte porque as informações registradas pelos
japoneses sobre o local em que o submarino afundou foram traduzidas
incorretamente, causando um erro de localização de ao menos 160 quilômetros e
levando a um mistério de 75 anos.
O Lost 52 Project conseguiu finalmente localizar o submarino
depois de examinar documentos militares com as coordenadas corretas. O grupo
usou veículos subaquáticos autônomos para encontrar os destroços, o que ocorreu
em 5 de junho deste ano, cerca de 80 quilômetros ao sul de Okinawa, a uma
profundidade de 430 metros.
"A confirmação do local como sendo
de uma embarcação militar afundada da Marinha dos EUA garante que ela seja
protegida contra perturbações, salvaguardando o local de descanso final de
nossos marinheiros", disse Taylor, iniciador do projeto.
As famílias dos 80 tripulantes a bordo
do submarino foram informadas sobre a descoberta.
Kathy Taylor, cujo tio John Patrick
King estava no submarino, afirmou que a descoberta traz finalmente um desfecho
ao caso. "Desde que eu era uma garotinha, prometi que iria encontrá-lo ou
procurá-lo ou manter sua memória viva", disse ela em entrevista à emissora
americana ABC News.
O USS Grayback foi
um dos 52 submarinos americanos perdidos em ação, e acredita-se que ele tenha
afundado pelo menos 14 navios durante a guerra, tendo sido condecorado por isso
mais tarde.
FONTE – GLOBO.COM