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Vinte suspeitos de remover cadáveres e vender terrenos ilegalmente de cemitério de Ibiporã são indiciados por concussão e vilipêndio de cadáver


Vinte pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que removia cadáveres e vendia ilegalmente terrenos do cemitério de Ibiporã, no norte do Paraná, foram indiciadas por concussão, vilipêndio - que é desrespeito - de cadáver e organização criminosa.

O inquérito da primeira parte das investigações, que tem sete volumes, foi concluído nesta segunda-feira (16) e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Segundo as investigações da Divisão de Combate à Corrupção (DCCO), os investigados retiravam ossadas enterradas no cemitério e as descartava em lugares impróprios. Era preciso tirar as ossadas do cemitério para que os terrenos fossem vendidos. Ou, as ossadas eram colocadas em sacolas e armazenadas em outros túmulos.

O Instituto de Criminalística encontrou dez ossadas em um único túmulo durante a deflagração da operação, e sacola com ossos foi encontrada na sede administrativa do cemitério.

No início de outubro, 13 pessoas foram presas suspeitas de integrar a organização. Entre elas estava o então diretor do cemitério municipal de Ibiporã. O grupo foi solto dias depois e o diretor foi suspenso pela prefeitura.

Segundo o delegado Thiago Vicentini, desde a deflagração da operação, foram identificadas 45 vítimas do golpe. Essas pessoas pagaram vantagens indevidas para obtenção de terrenos no cemitério e dos respectivos títulos de aforamento perpétuo.

O grupo é suspeito de faturar, entre 2012 e 2019, R$ 203.600.
“Os donos de funerárias envolvidas vendiam os terrenos e depois comunicavam o então diretor do cemitério municipal que emitia os títulos de aforamento”, detalhou o delegado.

Conforme a DCCO, as vítimas pagaram entre R$ 2 mil e R$ 22 mil pelos terrenos. Pela prefeitura, os valores giravam entre R$ 3 mil e R$ 10 mil.
Entre os 20 indiciados, estão o então diretor municipal do cemitério, o companheiro dele, um servidor público municipal de Jataizinho, que segundo a DCCO emprestava a conta bancária para receber o dinheiro ilegal e familiares do companheiro do diretor do cemitério.

Dois inquéritos continuam em andamento na Divisão de Combate à Corrupção que visa apurar lavagem de dinheiro praticado pelos membros da organização e outro para identificação de novas vítimas e, eventualmente, outros investigados.

FONTE – G1 PR




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