Mulher acha que marido morreu, busca detetive e descobre traição em SP: 'Agora é ex'
Após divulgar nas redes sociais e em sites de notícia o
desaparecimento do marido desde o dia 7 de janeiro, uma professora, de 35 anos,
registrou boletim de ocorrência e contratou um investigador com medo de que
algo tivesse acontecido com o companheiro. Depois de ver que um radar flagrou a
placa do carro dele em São Vicente, no litoral paulista, o empresário foi
encontrado na praia com outras duas mulheres.
"Achamos que
ele estava morto ou que tinha acontecido alguma coisa, já que ele nunca tinha
sumido antes assim. Foi a primeira vez. Registrei boletim de ocorrência no dia
9. Tomei todos os procedimentos legais. Eu e os familiares estávamos
desesperados", conta a professora. Preocupada, a família chegou também a
divulgar a recompensa de R$ 2 mil para quem o encontrasse.
O casal estava
juntos há sete anos e morava na Zona Leste de São Paulo. Após uma semana do
desaparecimento, ela resolveu contratar um investigador particular. Acreditando
que havia ocorrido o pior, a mulher chegou a pedir que páginas de notícias
publicassem o desaparecimento.
"Até que o
investigador identificou que o último radar que pegou ele foi no dia 7, na
praia de São Vicente, e foi até lá. Descobrindo a traição", diz.
"Agora ele vai ser ex né, porque eu estou solteira. Ele
morreu pra mim e nunca mais quero ver esse homem. A mãe, pai e irmãos estavam
desesperados. Era melhor ele ter largado, era mais bonito. Agora estou
solteira, vou mudar a fechadura de casa e fazer um boletim de ocorrência. E ele
que vá atrás de qualquer coisa e converse com o meu advogado", finaliza a
mulher.
O boletim de ocorrência pelo
desaparecimento do homem havia sido registrado no 62º Distrito Policial
Ermelino Matarazzo, no dia 9 de janeiro, e o caso já estava sendo investigado
pela Polícia Civil.
Radares ajudaram a localizá-lo
Segundo o detetive
Marcondes, ele foi contratado após sete dias do desaparecimento do homem. Ao
encontrá-lo, a professora explicou o ocorrido e mostrou o boletim de
ocorrência. Ao sair do trabalho, o marido teria mandado uma mensagem para
mulher avisando que estava voltando para casa, mas nunca chegou.
Quando iniciou as investigações,
Marcondes viu que o radar inteligente apontava que o marido da cliente havia
descido a Imigrantes, em direção ao litoral, em São Vicente. Com apoio da
Polícia Civil, o detetive rodou a cidade, sendo informado por um dos policiais
que o veículo havia sido encontrado.
"Quando fui até o local apontado
pelo policial se tratava do veículo, estava trancado, aparentemente estacionado
corretamento. Então eu a avisei e ela autorizou contratar o chaveiro já que o
carro estava cheirando muito mal e até pensei que o corpo dele poderia estar no
porta-malas do automóvel", relata.
Após captar as imagens de câmeras de monitoramento do edifício
de frente, mostrando o registro da ocorrência de desaparecimento, o
investigador viu que ele saía do veículo com uma mulher do lado e da porta de
trás sai outro casal. Desde o dia 7, ninguém havia retornado ao carro.
"Foi assim que acionamos o
chaveiro e vimos várias mochilas e roupas femininas, documentos de outras
mulheres. Em seguida, achei que ele estava morto e dei continuidade na
investigação. Imprimimos cerca de 300 panfletos e colamos nos quiosques e nos
postes nas ruas. Depois, a PM afirmou que o Águia passou pelo local e localizou
três moças um rapaz em um local isolado na praia, foi quando eu o achei e falei
que a casa dele tinha caído. Nessa hora, a esposa já estava lá", finaliza.
FONTE – GLOBO.COM
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