Bolsonaro diz que pode liberar mais parcelas do auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta terça-feira
(2) que pode liberar mais três parcelas do auxílio emergencial, criado em razão da
crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro também disse que espera que governadores adotem
medidas que permitam que a população volte a trabalhar.
"Temos mais uma parcela de
R$ 600,00, depois mais duas acertadas com o Paulo Guedes. Falta definir aí o
montante. E vamos esperar que até lá os outros governadores entendam o que seja
melhor pro seu estado e adotem medidas pra voltar aí o povo a trabalhar",
disse Bolsonaro ao falar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem dado declarações
contra o isolamento horizontal. Ele defende a abertura de comércios e que
apenas pessoas do grupo de risco e idosos fiquem em quarentena.
"Os problemas estão se avolumando. O pessoal informal, eu
já falei pra vocês, 38 mi de pessoas, eles perderam quase tudo. Ninguém vende
mais biscoito Globo na praia do Rio. Nem vende mate na arquibancada do estádio
de futebol e nem no churrasquinho de gato na praça. Isso é atividade de cada
um. Essas pessoas estão em casa graças ao auxílio, que é de todo mundo, é
dinheiro de todo povo. R$ 600 pra eles se não o desespero teria batido neles e
problemas outros poderiam ter tido", disse Bolsonaro.
Pouco antes destas declarações, entretanto, mas na mesma
conversa com apoiadores, o presidente havia dito que os valores das próximas
parcelas podem ser menores. Bolsonaro não deu detalhes de como isso
aconteceria.
"Você pode ver, nós
gastamos... Nós não, o Brasil já gastou quase R$ 700 mi com a pandemia. Muita
coisa foi feita. Esse próprio auxílio emergencial de 600 que tá quase certo a
quarta e a quinta parcela, de valores menores um pouco, que tá sendo ajustado
pelo ministério da Economia, ajudou a evitar problemas sociais", afirmou
Bolsonaro.
O benefício do auxílio emergencial foi
sancionado pelo presidente no dia 1º de abril. Na época,
Bolsonaro afirmou que o montante de R$ 600,00 seria pago por três meses em
razão da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.
O governo definiu que o benefício duraria três meses ou até o
fim da emergência do coronavírus no país. A validade do auxílio pode ser
prorrogada de acordo com a necessidade.
Têm direito ao benefício trabalhadores informais; desempregados;
MEIs e contribuintes individuais do INSS; maiores de idade; e que cumpram
requisitos de renda média. A mulher que for mãe e chefe de família pode receber
R$ 1,2 mil por mês.
FONTE – GLOBO.COM