Suspeita de drogar filhas para que fizessem programas é presa em SP
A Polícia Civil em Peruíbe, no litoral de São Paulo, prendeu uma
mulher de 28 anos suspeita de aliciar sexualmente as duas filhas, de 9 e 12
anos, além da irmã, de 15 anos. De acordo com informações da Polícia Civil
divulgadas neste domingo (28), além de drogar as vítimas para agenciá-las, as
equipes trabalham com a suspeita de que a mulher também deixava as crianças aos
cuidados de familiares para se prostituir.
Segundo as
autoridades, a prisão da mulher aconteceu na casa que ela supostamente
utilizava para drogar e agenciar as crianças, localizada na Rua Treze, no
bairro Leão Novais. Com o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça de
Peruíbe, os policiais localizaram e detiveram a suspeita no imóvel.
Os policiais apontam
que o imóvel utilizado pela mulher para a prática dos crimes era insalubre e
possuía vários cômodos. A prisão aconteceu após os investigadores da Delegacia
de Polícia Sede de Peruíbe receberem a denúncia de uma conselheira tutelar de
que, no imóvel onde ela morava, aconteciam os casos de prostituição infantil e
o uso de drogas por parte das vítimas.
Às autoridades, a
servidora apontou que foi informada de que, além do aliciamento, a suspeita
deixava as crianças sob os cuidados do tio para se prostituir em São Paulo,
além de não ser a mãe biológica da menina de 12 anos. As suspeitas foram
negadas pela mulher, que revelou apenas não ser a mãe biológica da menina.
Devido à gravidade do caso, as crianças foram recolhidas a um
abrigo temporário de Peruíbe e o caso apresentado na delegacia. Após as
investigações, a equipe constatou a identificação da mulher como autora dos
crimes e solicitou a prisão dela, deferida pela Justiça. Ela foi presa e
permaneceu à disposição das autoridades.
Denúncia
O caso foi denunciado na última quinta-feira (25). Enquanto
apurava as denúncias sobre os crimes, a conselheira chegou a ligar para a mãe
das crianças, que afirmou estar em São Paulo. Ela teria negado a aliciação, mas
assumiu que não era mãe biológica da menina de 12 anos. Ambas as crianças foram
recolhidas a um abrigo temporário de Peruíbe.
As testemunhas foram levadas para a Delegacia Sede de Peruíbe
para prestar esclarecimentos. Enquanto o boletim de ocorrência era elaborado, a
suspeita compareceu à delegacia com a irmã, uma garota de 15 anos. Durante os
depoimentos, foi constatado que a adolescente também sofria abusos. As três
vítimas foram encaminhadas a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do
município e passarão por exames no Instituto Médico Legal (IML) para constatar
os abusos.
FONTE – GLOBO.COM