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Renault aproveita pandemia para demitir em massa

A Renault quer cortar 800 vagas na fábrica de São José dos Pinhais. Alega a queda do mercado de veículos provocada pela crise da pandemia do coronavírus. A empresa propôs um Plano de Demissão Voluntária (PDV) que foi recusado em assembleia dos funcionários realizada na sexta-feira (17).
“A proposta é ruim para quem sai e para quem fica”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na assembleia foi dado prazo até quarta-feira para que a montadora negocie uma nova proposta.
“A Renault está se aproveitando do momento para tirar vantagem e nós temos de resistir”, disse Butka. “Se a empresa quer demissões voluntárias deve oferecer um incentivo real, o que oferecendo é irrisório.” A Renault responde com ameaças. Diz que se não conseguir adesões, fará cortes aleatórios. O sindicato revida e promete greve se isso ocorrer.
A Renault produz os modelos Sandero Stepway, Logan, Kwid, Duster, Oroch, Master e Captour e também tem unidades de motores e injeção de alumínio.
Renault quer demitir 800 funcionários da fábrica no Paraná. Os trabalhadores consideraram que os incentivos oferecidos pela montadora não são atrativos. A Renault oferece o pagamento de 3,5 a seis salários extras dependendo do tempo de contrato do funcionário (incluindo dois meses de benefício da MP 936), plano médico por um ano e vale mercado até dezembro, além da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Para os funcionários que permanecerem na fábrica a proposta de data-base é suspensão de reajustes neste ano e no próximo, com pagamento de abono de R$ 3,5 mil, entre outros itens.
“A proposta é ruim para quem sai e para quem fica”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na assembleia foi dado prazo até quarta-feira para que a montadora negocie uma nova proposta.
“A Renault está se aproveitando do momento para tirar vantagem e nós temos de resistir”, disse. “Se a empresa quer adesões tem de ter um incentivo de verdade, pois o que está oferecendo é muito pouco”. A montadora, contudo, afirma que se não conseguir as adesões, fará cortes aleatórios e o sindicato promete greve se isso ocorrer.
O complexo produz os modelos Sandero Stepway, Logan, Kwid, Duster, Oroch, Master e Captour e também tem unidades de motores e injeção de alumínio.
O setor automotivo prevê queda de 45% na produção de veículos este ano em relação a 2019, para 1,63 milhão de unidades, previsão que, no início do ano era de 3 milhões de unidades. Em junho, a Nissan – parceira da Renault na aliança global Renaul/Nissan – demitiu 400 pessoas da fábrica de Porto Real (RJ).
Na fabricante de caminhões Volvo, de Curitiba (PR), cerca de 2,7 mil trabalhadores aceitaram no mês passado proposta de PDV similar à apresentada pela Renault, mas que não continha número esperado de adesões. Todas as montadoras afirmaram estar com excesso de pessoal e novos cortes devem ocorrer.
VIA FABIO CAMPANA

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