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Rafael Ferreira da Silva e familiares presos por desvio de R$ 10 milhões de empresa de Curitiba

Um ex-diretor de uma companhia de importação e exportação de madeira, Rafael Ferreira da Silva, foi preso em uma operação da Polícia Civil, na manhã deste sábado (15), em Curitiba. O homem é suspeito de desviar R$ 10 milhões da empresa.
De acordo com a polícia, além de Rafael Ferreira da Silva, a esposa, sogra e uma cunhada dele tiveram mandado de prisão expedido por envolvimento no esquema. Os quatro familiares são investigados por associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, falsificação de documento e uso de documento falso, segundo os policiais.
A esposa e a sogra do ex-diretor também foram presas. Outro alvo de prisão é a cunhada dele, mas, segundo a defesa, ela está viajando e vai se apresentar ainda neste sábado à Polícia Civil. A prisão dele é por tempo indeterminado, e das outras três pessoas é temporária, com validade de cinco dias.
A defesa dos quatro suspeitos informou que os clientes vão colaborar com a Justiça. O advogado Luiz Carlos Soares Júnior disse que só irá se pronunciar após ter acesso ao inquérito.
Investigação
Na casa do ex-diretor, os policiais apreenderam R$ 2 milhões em relógios de luxo, além de dólares e libras que equivalem a cerca de R$ 50 mil. Mais de 70 bolsas de grife, também avaliadas em R$ 2 milhões, estavam na residência. Na garagem, havia um carro de mais de R$ 500 mil.
Os desvios foram registrados entre 2019 e 2020, conforme a polícia. Conforme a polícia, o ex-diretor pediu demissão da empresa há poucos meses, alegando que iria morar em outro país. Depois que o funcionário saiu, a companhia contratou uma auditoria externa independente para verificar as contas do período em que o suspeito era diretor.
O resultado da auditoria apontou os desvios milionários, de acordo com as investigações. O dono da empresa acionou a polícia.
As investigações apontaram que o homem fazia emissão de notas fiscais “frias”. O pagamento das notas ilegais iam para a conta bancária dele.
O homem também é suspeito de utilizar o dinheiro da empresa para pagamento de faturas milionárias do cartão de crédito dele. Entre os gastos, estavam compras de carros de mais de R$ 500 mil, joias e pagamentos de mais de R$ 2 mil em restaurantes.
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A polícia informou que o ex-diretor estava com passagem passagem comprada, com o objetivo de fugir para Doha, no Catar.
De acordo com a Delegacia de Estelionato, o suspeito pretendia embarcar neste sábado para a Inglaterra, para o início da viagem de fuga. Eles foi preso cerca de 15 horas antes do embarque.
As contas de toda a família foram bloqueadas. Além disso, os bens foram sequestrados. Outro carro importado, com valor acima de R$ 500 mil, ainda é procurado pela polícia. Segundo a polícia, esse veículo foi vendido na sexta-feira (14) pelo ex-diretor.
FÁBIO CAMPANA

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