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Vacina da Johnson & Johnson estimula anticorpos em 98% dos pacientes

A vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica americana Johnson & Johnson apresentou resultados encorajadores nas fases iniciais e intermediárias de testes para a sua aprovação, de acordo com informações divulgadas na sexta-feira, 25. Uma única dose da vacina estimulou o sistema imunológico de 98% dos pacientes a produzir uma forte resposta ao vírus.
Os resultados foram divulgados em um site especializado com a ressalva de que ainda não foram revisados por pares científicos.
Os chamados anticorpos neutralizantes, que são capazes de defender as células de patógenos, foram encontrados em 98% dos cerca de 1.000 adultos saudáveis que tomaram a vacina. Uma dúvida em aberto é saber se a dose protege da mesma forma pessoas com mais de 65 anos, uma vez que os dados relativos a esse grupo foram insuficientes. As informações são da Exame.
Os pacientes tiveram igualmente uma reação positiva à aplicação de duas doses. Outras empresas que também estão na corrida pelo desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19, como a Moderna e a Pfizer, trabalham com a aplicação em duas doses separadas por um intervalo de tempo. Dispor de uma vacina eficaz em uma dose pode aumentar significativamente o alcance de campanhas de vacinação.
Na última quarta-feira, 23, a Johnson & Johnson iniciou a terceira e última fase de testes de sua vacina para a Covid-19 com cerca de 60 mil pacientes.
A empresa aguarda os resultados do teste de estágio avançado até o fim deste ano ou o início do próximo, disse o doutor Paul Stoffels, o diretor científico da J&J, em entrevista com autoridades do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e do governo de Donald Trump.
Ainda na quarta-feira, a J&J publicou um protocolo de estudo detalhado de seu teste de estágio avançado em seu site, seguindo o exemplo dos três outros fabricantes de vacina que divulgaram planos de estudo nas últimas semanas. É uma reação a clamores da sociedade por mais transparência nos testes.
Stoffels disse que a J&J começou o teste de estágio avançado depois de resultados positivos em seus testes de estágios inicial e intermediário nos EUA e na Bélgica, justamente os que acabaram de ser divulgados.

Quão eficaz uma vacina precisa ser?

Segundo uma pesquisa publicada no jornal científico American Journal of Preventive Medicine uma vacina precisa ter 80% de eficácia para colocar um ponto final à pandemia. Para evitar que outras aconteçam, a prevenção precisa ser 70% eficaz.
Uma vacina com uma taxa de eficácia menor, de 60% a 80% pode, inclusive, reduzir a necessidade por outras medidas para evitar a transmissão do vírus, como o distanciamento social. Mas não é tão simples assim.
Isso porque a eficácia de uma vacina é diretamente proporcional a quantidade de pessoas que a tomam, ou seja, se 75% da população for vacinada, a proteção precisa ser 70% capaz de prevenir uma infecção para evitar futuras pandemias e 80% eficaz para acabar com o surto de uma doença.
As perspectivas mudam se apenas 60% das pessoas receberem a vacinação, e a eficácia precisa ser de 100% para conseguir acabar com uma pandemia que já estiver acontecendo — como a da covid-19.
Isso indica que a vida pode não voltar ao “normal” assim que, finalmente, uma vacina passar por todas as fases de testes clínicos e for aprovada e pode demorar até que 75% da população mundial esteja vacinada.

Os tipos de vacina disponíveis

Alguns tipos de vacinas têm sido testados para a luta contra o vírus. Uma delas é a de vírus inativado, que consiste em uma fabricação menos forte em termos de resposta imunológica, uma vez que nosso sistema imune responde melhor ao vírus ativo. Por isso, vacinas do tipo tem um tempo de duração um pouco menor do que o restante e, geralmente, uma pessoa que recebe essa proteção precisa de outras doses para se tornar realmente imune às doenças. É o caso da Vacina Tríplice (DPT), contra difteria, coqueluche e tétano. A vacina da Sinovac, por exemplo, segue esse padrão.
VIA FÁBIO CAMPANA

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