Modelo cívico-militar é aprovado em 163 colégios do Paraná
No
quarto dia da consulta pública sobre a migração de escolas do sistema
tradicional para o modelo cívico-militar, a alteração foi aprovada em 163
escolas onde o quórum de votação foi alcançado. O balanço parcial foi divulgado
pelo governo do estado na noite de sexta-feira (30). Em breve, será divulgado o
resultado da votação em outras 54 escolas que continuariam a votação na manhã
deste sábado (31) e também após o feriado do Dia de Finados (2).
O
balanço parcial aponta que mais de 72 mil pais, estudantes, funcionários de
escola e professores já registraram a opinião sobre a proposta de alterar o
modelo de escolas. No total, 217 instituições de ensino, em 117 municípios do
Paraná, estão com processo de consulta pública aberto para que a comunidade
escolar vote.
O
período de votação que teve continuidade na manhã deste sábado (31), nas escolas
em que o quórum absoluto não tenha sido alcançado ainda, será retomado depois
do feriado, com horário das 8h às 20h. O projeto, que criou o modelo
Cívico-Militar e a consulta pública, permite a extensão da votação até atingir
o quórum necessário.
Quórum
mínimo de 50%
Para
que a implementação seja efetivada, é preciso que mais de 50% das pessoas aptas
a votar na escola participem da consulta e que a maioria simples dos votantes
(50% e mais um voto) seja favorável ao programa — o maior do país na área, com
investimento de cerca de R$ 80 milhões, direcionado a 129 mil alunos. Nos
colégios onde a migração for aprovada, haverá implementação da modalidade
cívico-militar em 2021.
As
escolas contarão com aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo,
permitindo aos estudantes que aprendam sobre leis, Constituição Federal, papel
dos três poderes, ética, respeito e cidadania. No Ensino Médio, haverá, ainda,
a adição da disciplina de Educação Financeira.
Além
de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino
— que será aplicada em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no
Ensino Médio — é a gestão compartilhada entre civis e militares.
O
diretor-geral e o diretor-auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam
sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor
cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças,
segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá, também, de dois a
quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.
Como
votar?
É
necessário levar documento pessoal com foto para a votação, e recomenda-se que
cada pessoa leve sua própria caneta. Pais ou responsáveis votam de acordo com o
número de matriculados sob sua tutela na escola, ou seja, uma mãe com três
filhos pode votar até três vezes.
Estão
sob consulta da comunidade colégios em regiões com alto índice de
vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar, conforme
a legislação aprovada pela Assembleia Legislativa.
As
escolas também precisam estar em municípios com mais de dez mil habitantes e
que tenham ao menos duas escolas estaduais na área urbana.
FONTE –
FOLHA DE LONDRINA
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