Da cadeia, vereador preso por tráfico de drogas é empossado no Paraná
O
vereador de Alvorada do Sul, no norte do Paraná, que mesmo estando preso foi
reeleito nas eleições municipais de 2020, foi empossado por videoconferência na
quarta-feira (13).
A sessão foi
realizada com Diogo Canata na cadeia de Bela Vista do Paraíso, também no norte,
e os demais vereadores, empossados no dia 1° de janeiro, no plenário da Câmara
de Vereadores.
Canata foi o quarto
vereador mais votado da cidade. Ele está preso desde julho de 2020 suspeito de
chefiar o tráfico de drogas na cidade. A posse foi realizada por determinação
da Justiça.
Durante a sessão
extraordinária de posse, Canata jurou respeitar a Constituição e que atuará
durante o mandato de forma correta.
Como a situação é
inusitada, os vereadores devem se reunir nos próximos dias para definir se a
Câmara vai pagar os salários do parlamentar ou se o subsídio será suspenso
enquanto ele estiver preso.
"Nunca vi algo
desse tipo, mas se o juiz liberou ele concorrer a eleição e o diplomou, a
Câmara deve empossá-lo. A posse foi determinada pela Justiça, não é uma decisão
nossa. Agora, a comissão vai definir se ele recebe ou não o subsídio. No ano
passado, o salário foi suspenso", informou o presidente da Câmara de
Alvorada do Sul, Nivaldo Palaro.
Prisão
Diogo Canata foi alvo
de uma operação da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc). À época, de acordo
com a polícia, os agentes encontraram na casa do vereador aproximadamente 30
quilos de crack e armas.
O Ministério Público
do Paraná (MP-PR) afirmou que o vereador é suspeito de comandar o tráfico de
drogas na cidade, além de praticar agiotagem, lavagem de dinheiro e fornecer
armas de fogo para atentados contra policiais militares.
Após a prisão, o
vereador foi afastado do cargo e teve o salário suspenso.
Segundo o MP-PR, a
suspensão dos direitos políticos se dá nos casos de condenação criminal em que
não cabe mais recurso.
Como o processo contra
o vereador ainda está em andamento, não há condenação criminal e, dessa forma,
não há impeditivos para a candidatura e nem providências a serem tomadas em relação
à posse, de acordo com o órgão.
FONTE – G1 PR
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