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Ministério Público diz que compra de carro de luxo por prefeito de Assaí pode ter sido direcionada


 O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar um "eventual direcionamento" na licitação que acabou na compra de um carro de luxo para o prefeito de Assaí, Tuti Bomtempo (PSD). O político gastou exatos R$ 229.600 mil em um veículo da marca Jeep Compass. A garantia é que ele será usado somente para viagens oficiais. O gestor justificou que a aquisição era necessária porque "não possuía automóvel exclusivo para o desempenho de suas atividades". 


A "lacuna" surgiu depois que a Câmara pediu o carro utilizado antes pela chefia de gabinete de Bomtempo, um Voyage ano 2017. A única empresa a participar da licitação foi uma concessionária de Curitiba. Sem nenhum competidor, foi declarada vencedora. Os detalhes específicos do edital causaram estranheza ao Ministério Público. 


De acordo com o processo licitatório, o carro deveria ser "zero quilômetro, movido a diesel, ano 2021/2022, moto 2.2 turbo, câmbio automático, seis air bags, mínimo de cinco lugares, ar-condicionado digital, ajuste elétrico no banco do motorista e computador de bordo". 


Responsável pelo procedimento, o promotor Kelsen Ciríaco de Campos escreveu na portaria que instaurou o inquérito "que, em razão dos detalhes na descrição e do valor a ser pago pelo veículo, praticamente restou apenas a marca e o modelo que foi adquirido. Há indícios de direcionamento de licitação para aquisição sem qualquer justificativa plausível". 


Campos já notificou a diretora de gabinete de Bomtempo e uma servidora que participou da licitação para prestarem depoimento. A FOLHA tentou saber se elas foram ouvidas, mas o promotor não atendeu as ligações. O prefeito de Assaí foi procurado, mas não retornou o contato. O chefe de gabinete dele, Paulo Roberto Moreira, que não considerou o Jeep um modelo luxuoso, também foi contactado, mas não estava na prefeitura. 


FONTE - FOLHA DE LONDRINA

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