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Abrabar cobra cadastro biométrico e facial para pessoas em situação de rua no Paraná


 Audiência pública na Assembleia Legislativa abordou enfrentamento ao “problema social grave, complexo e multicausal” que envolve quem vive em vulnerabilidade social no Estado

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (@ABRABARPR) cobrou nesta segunda-feira (23) durante audiência pública na Assembleia Legislativa, a criação de um cadastro biométrico e facial e um censo populacional das pessoas que vivem em situação de rua, um problema cada vez mais presente em Curitiba e municípios pólo do Paraná. “Não adianta ficar apenas no discurso de que o número de moradores de rua está crescendo. É preciso saber o que fizeram, se tem problema de saúde mental, foi abandonado pela família”, disse o presidente Fábio Aguayo.

O debate convocado pelo presidente da Comissão de Segurança Pública deputado Soldado Adriano José (PP) colocou frente a frente representantes de entidades da sociedade civil organizada e do poder público. Na pauta o enfrentamento ao “problema social grave, complexo e multicausal” que envolve pessoas em vulnerabilidade social, que dormem nas ruas, praças, embaixo de viadutos, marquises de prédios e pontes, ou fazem uso de locais degradados - prédios e casas abandonados e carcaças de veículos com pouca ou nenhuma higiene.

“Muito importante debater este tema, que vai pautar as eleições municipais de 2024 e o STF (Supremo Tribunal Federal) precisa liberar as prefeituras para trabalharem a questão e não congelar possíveis ações”, ressaltou Aguayo. Para o presidente da Abrabar, fazer o censo e o cadastro biométrico e facial das populações nesta situação será fundamental para conhecer o que fizeram, se tem problema de saúde mental ou foi abandonado pela família e entender como chegaram nesta condição.

“Ninguém gosta de tocar na ferida”, destacou Aguayo, ao defender um debate permanente sobre esta questão. “São pessoas que parecem invisíveis, só que estão do nosso lado. Mas temos de separar o joio do trigo. É um assunto polêmico e levamos o debate a sério. Vemos em todo o mundo um fluxo de pessoas e o governo federal quer efetivar a política nacional para pessoas em situação de rua. Essas pessoas precisam da atenção do poder público”.

Necessidade e oportunismo

“Mas tem pessoas que estão por uma situação de necessidade e outras que aproveitam para cometer crimes. Por isso é importante o debate. O empresário não pode se eximir das suas responsabilidades, não pensar apenas no lucro, mas também pensar nas pessoas”. O presidente da Abrabar fez um desagravo em apoio a assistente social coordenadora da Alta Complexidade da Direção de Atenção à Pessoa em situação de Rua da Fundação de Ação Social de Curitiba, Ivana Brum. “Senti a angústia dela”, concluiu.

Ivana Brum ressaltou que é necessário “pensar no indivíduo, esquecer a situação de rua, porque a pessoa pode ter passado por diversas situações. Envolve todas as políticas. Não tem como trabalhar o indivíduo isoladamente”. Participaram o secretário da Justiça e Cidadania do Paraná (Seju), Santin Roveda; Kerwin Kuhlemann da Cohapar; Major Durante da Polícia Militar; Paula Casavar da Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (Sedef);

O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Gilberto Deggerone; a chefe do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Estadual da População em Situação de Rua, Dulce Darolt; Carlos Humberto dos Santos do Movimento Nacional da População de Rua; Leandro Corsi da Silva da Dimensão Social Transformadora e Andrea Andrejvski do Conselho de Segurança do Jardim Botânico e do Conseg Mulher.

Foto legenda (audiência morador de rua)

Reunião aconteceu no Auditório Legislativo, na manhã desta segunda-feira (23)

Créditos: Valdir Amaral/Alep

FONTE - RONI PIMENTEL

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