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Dos R$ 200 milhões em patrocínio à camisa limpa: os planos do diretor de marketing do Corinthians


 

Criatividade, inovação e agressividade. Estes são alguns dos termos mais repetidos por Sergio Moura, publicitário de 53 anos que foi escolhido pelo presidente eleito Augusto Melo para comandar o departamento de marketing do Corinthians a partir de 2024.

 

Com mais de 30 anos de experiência no mercado, Sergio Moura sabe das dificuldades que terá pela frente, mas repete o discurso e os planos ousados de Augusto Melo.

 

Em entrevista exclusiva ao ge, ele explicou como pretende elevar a arrecadação do Corinthians com o uniforme da equipe masculina de R$ 123 milhões para mais de R$ 200 milhões até o final do mandato (em 2026):

 

– O grande presidente é o que coloca meta alta. Se somos grandes profissionais, queremos um presidente que coloque metas altas e nós vamos buscar. Estamos aqui com amor para buscar. Vamos buscar a meta que o presidente está colocando. Para que a gente consiga fazer tudo isso, estamos entendendo os contratos vigentes e, dentro desses vencimentos, trabalhar receitas que a gente pode buscar – disse Sérgio Moura.

 

– É uma meta a ser construída ao longo desse tempo, construindo e trazendo novos patrocínios. E também com outros projetos que a gente consiga trazer essa receita de uma forma diferente desse patrocínio. Só conseguimos começar isso a partir do momento que assumirmos. A partir do momento que você conversa com empresas multinacionais, nós ainda não estamos na gestão, então são conversas informais, de relacionamento – completou.

 

Recentemente, a atual direção do Corinthians, comandada pelo presidente Duilio Monteiro Alves, alinhou uma negociação de patrocínio máster com a Pixbet por R$ 75 milhões por ano. Porém, Augusto Melo recusou, por entender que consegue valores maiores. Atualmente, o clube recebe cerca de R$ 23 milhões por temporada da Hypera Pharma pela propriedade.

Em 2023, o Timão teve 10 espaços do uniforme da equipe masculina ocupados por anunciantes, fato que não agrada a Sérgio. Aos poucos, ele pretende diminuir o número de marcas, mas sem perder dinheiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Criatividade, inovação e agressividade. Estes são alguns dos termos mais repetidos por Sergio Moura, publicitário de 53 anos que foi escolhido pelo presidente eleito Augusto Melo para comandar o departamento de marketing do Corinthians a partir de 2024.

 

Com mais de 30 anos de experiência no mercado, Sergio Moura sabe das dificuldades que terá pela frente, mas repete o discurso e os planos ousados de Augusto Melo.

 

Em entrevista exclusiva ao ge, ele explicou como pretende elevar a arrecadação do Corinthians com o uniforme da equipe masculina de R$ 123 milhões para mais de R$ 200 milhões até o final do mandato (em 2026):

 

– O grande presidente é o que coloca meta alta. Se somos grandes profissionais, queremos um presidente que coloque metas altas e nós vamos buscar. Estamos aqui com amor para buscar. Vamos buscar a meta que o presidente está colocando. Para que a gente consiga fazer tudo isso, estamos entendendo os contratos vigentes e, dentro desses vencimentos, trabalhar receitas que a gente pode buscar – disse Sérgio Moura.

– É uma meta a ser construída ao longo desse tempo, construindo e trazendo novos patrocínios. E também com outros projetos que a gente consiga trazer essa receita de uma forma diferente desse patrocínio. Só conseguimos começar isso a partir do momento que assumirmos. A partir do momento que você conversa com empresas multinacionais, nós ainda não estamos na gestão, então são conversas informais, de relacionamento – completou.

 

Recentemente, a atual direção do Corinthians, comandada pelo presidente Duilio Monteiro Alves, alinhou uma negociação de patrocínio máster com a Pixbet por R$ 75 milhões por ano. Porém, Augusto Melo recusou, por entender que consegue valores maiores. Atualmente, o clube recebe cerca de R$ 23 milhões por temporada da Hypera Pharma pela propriedade.

Em 2023, o Timão teve 10 espaços do uniforme da equipe masculina ocupados por anunciantes, fato que não agrada a Sérgio. Aos poucos, ele pretende diminuir o número de marcas, mas sem perder dinheiro.

 

 Eu sou favorável à camisa limpa. A gente não vai conseguir fazer isso no início, ainda temos que cumprir isso, mas temos projetos de trazer receita. O Corinthians é uma nação de 37 milhões de pessoas, tem audiência e o que vamos querer fazer? O resgate dessa credibilidade da marca, isso que buscamos fazer. E o Corinthians ter produtos do Corinthians, o clube pode ter uma grande variedade de produtos. E essa receita que pode ser uma receita nova e trazer um dinheiro novo. Já estou trabalhando forte nisso, quanto mais tivermos sucesso nesses produtos que estamos desenhando e trabalhando, cada vez mais consigo ir limpando a camisa.

 

Prioridades

– Eu gosto muito de marca. A marca do Corinthians é uma das maiores da América Latina, não é qualquer instituição que consegue trazer o engajamento tão forte como o Corinthians traz junto a sua torcida. É a torcida com maior índice de consumo de produtos. Eu quero trazer essa valorização da marca do Corinthians, levar para o mercado para que todos possam entender que quando eu estou atrelado ao Corinthians eu tenho uma audiência de 37 milhões de torcedores apaixonados, loucos pelo Corinthians.

– Quando a gente fala disso numa emissora de TV ou de um canal digital, a gente sabe que o que impulsiona tudo é a audiência, mas no Corinthians não é só audiência, é a torcida. Eu acompanhei o Augusto várias vezes no estádio e tem uma cena que me marcou muito: estávamos com a torcida uniformizada e no meio da partida subiu uma mãe na arquibancada com um bebê de colo, cantando o hino. Não é só audiência, é amor, dedicação, pegou o filho no meio da semana e foi ao estádio incentivar o time.

– O que eu entendo é que o Corinthians é um país. 37 milhões de torcedores, é muito mais do que vários países. Uma população apaixonada por um time que deve levar alegria a todos eles. Essa valorização da marca é esse reconhecimento, é devolver o que essa torcida faz com tanto amor para o Corinthians. A gente tem que olhar para o trabalhador que pega o salário e compra a camisa, que a alegria dele é ir torcer para o Corinthians. Queremos deixar isso claro para o mercado: a partir do momento que você colocar sua marca junto ao Corinthians entenda que você tem 37 milhões de torcedores apaixonados. E isso tem muito valor, não é preço. Valor é algo conquistado com amor, não é só um discurso. Meu compromisso junto à torcida é estar próximo a eles, devolver de uma forma que a gente possa buscar patrocínios e investidores, ter projetos sociais, entendemos que temos de estar próximos da torcida para devolver esse amor que eles nos entregam a cada jogo, a cada dia, a cada engajamento.

 

Nike

 

– Creio que vou precisar de quase um dia para discutir esse contrato com eles. O que posso dizer é que a Nike é uma marca de grande notoriedade, não preciso tecer comentários, mas preciso conhecer esse contrato. Tudo o que eu disser sobre a Nike eu estarei supondo. O que posso dizer é que a Nike é uma grande empresa, uma grande indústria dentro da indústria do futebol, mas como está o contrato, como ele segue e o que vai acontecer, preciso ter acesso. A partir desta análise completa posso falar sobre ele.

 

Arena

 

– Quero citar dois projetos que iremos ter e acho que são superinteressantes. Temos um projeto chamado "Voz do Timão", vamos sentar com os torcedores e conversar para entender o que é importante para eles dentro da arena, o que torcedor espera, como é a entrada, a saída e é algo que o marketing precisa fazer, entender os torcedores. Vamos sentar, conversar e entender tudo isso. Esse é um ponto, quando começo a entender a história da torcida.

– O outro projeto se chama "Notáveis Corinthianos". A partir do momento que começamos a ir ao mercado, começamos a perceber que grandes empresários e donos de empresas gostariam de estar próximos ao Corinthians. Vamos ter alguns projetos de relacionamento com grandes CEOs, presidentes e empresários para que possamos levar esses projetos e possamos trazer essas receitas novas. Entendo que na Arena precisamos criar experiências e possibilidades novas, queremos ter shows e amplificar esse calendário de eventos na arena.

 

– Podemos ter shows, eventos, feiras e temos que potencializar a parte econômica da arena. Ela não pode sobreviver apenas dos jogos, vamos ter um trabalho comercial forte para trazer essas outras receitas. Muitas empresas sentem a falta de locais para eventos, precisamos colocar a arena nesse calendário e apresentar tudo isso. Precisamos trazer shows, temos que começar a fazer mais isso. Tem a possibilidade da chegada do metrô, é uma experiência fantástica e queremos colocar esse calendário dentro da arena.

 

– O motivo que não acontece talvez tenha sido uma estratégia que eles tenham adotado. O que posso dizer é o que nós vamos fazer. Já estamos conversando com empresas que tenham interesse em trazer eventos para a arena. Talvez tenha sido uma estratégia deles não trazer eventos, o exemplo seja esse show do fim de semana e hoje a tecnologia de grandes empresas que realizam shows em grandes estádios. Estou em contato trazendo brasileiros que trabalharam na Copa do Catar, produtores que fizeram o estádio do contêiner, caras que produziram Rock in Rio, Lollapalooza para a gente ter um discurso técnico e começar a chamar essas empresas e colocar a arena dentro desse calendário.

 

É por isso que estamos trazendo pessoas especializadas em shows dentro do estádio. Estamos trazendo profissionais em mercado na área e shows e entretenimento e laudo de quem produz. Preciso ter essa informação para quando estiver no mercado conversando com essas pessoas.

 

O que é marketing agressivo?

– É buscar empresas internacionais para estarem na camisa do Corinthians. O que nós entendemos é que o Corinthians transcende o Brasil e é um time que consegue ter essa notoriedade no mundo todo. O marketing agressivo é ter uma marca que passa um trabalho de gestão extremamente forte e que esse patrocinador tenha um resultado extremamente forte. Toda empresa ter uma agência que produz ideias, minha ideia é que o nosso marketing seja um celeiro de ideias e leva essas ideias para os patrocinadores e eles tenham grandes resultados. E eles tendo grandes resultados a gente atraia novos patrocinadores.

 

– Uma marca quer resultado, não vamos ser passivos para esperar. Entra mundo o digital, bigdata, estudo do consumidor, comportamento e características de contas e navegação de internet. Queremos trabalhar com todas essas fontes de dados, queremos trazer isso e buscar empresas que estão distantes e possamos apresentar para eles grandes resultados com o futebol. E essas grandes marcas muitas vezes possuem verbas muito maiores e é isso que vamos apresentar, propostas fortes para grandes marcas.

Programa de sócio-torcedor

– O Fiel Torcedor tem que ser uma plataforma de relacionamento com todo e qualquer torcedor, queremos "gamificar" a plataforma e criar experiências, oportunidades para esse Fiel Torcedor. Temos usar a palavra fiel para devolver benefícios a esse torcedor que está nos Estados Unidos, em Belém do Pará... quais benefícios posso levar? Nosso pensamento é para cada corintiano que possa estar em qualquer lugar. Como conseguimos amplificar esse relacionamento, vamos reformular e tenho reuniões sobre isso.

– Estou trazendo um cara de tecnologia e que desenvolveu grandes projetos e que será uma pessoa focada em tecnologias e inovação, teremos muito marketing, inovação e um relacionamento super saudável nosso. Temos um período curto de três anos, de paciência e podem ter certeza de que teremos boas novidades.

 

Vai vender naming rights do CT?

– Vai, nós vamos fazer (dinheiro novo). Vocês citaram o CT, mas temos a base e todo o clube. Não podemos esquecer do clube, que está em uma região privilegiada, perto de duas estações do metrô, temos o maior parque aquático da América Latina, uma área carente de restaurantes, cafés, sorveteria e tudo isso... quando falo do CT, é trazer marcas que se valorizam junto. Nós entendemos que podemos ter naming rights, qual empresa que não quer a oportunidade de ter relacionamento, sua marca divulgada em um Corinthians forte, um time aguerrido e com o marketing conversando com todos. O clube tem muitas oportunidades que podem ter naming rights. Com um parque aquático como aquele, quantas marcas não posso ativar ali? Eu posso ter um naming rights do parque aquático e isso é fonte nova de receita. É em cima disso que estamos trabalhando.

 

Influência do marketing na política de contratações

 

– Tenho uma brincadeira com o pessoal aqui: o dia que eles me verem pedindo para o Augusto contratar lateral, meio-campista, atacante... não contratem que vocês vão errar! (risos) O meu negócio é marketing, o Augusto está montando uma grande equipe para o futebol, claro que se ele trouxer um grande nome isso ajuda muito o marketing, mas nós temos um projeto de valorização de atletas que jogam no Corinthians.

– Se você for olhar lá fora a NBA, por exemplo, eles trabalham cada atleta como uma grande marca. Nós queremos valorizar a marca de cada jogador, a marca dele valorizada é muito bom para ele, para o Corinthians, para o empresário... Vamos ter um trabalho de valorização da marca dos jogadores. Vou estar lá torcendo, mas meu trabalho estará apenas ligado ao marketing e ao que podemos trazer de benefício de valor aos ativos do Corinthians.

 

Corinthians TV

– Temos alguns pontos que queremos ter. Uma TV Corinthians com cara de TV, trazer parte artística, falar de outros esportes, do dia a dia do CT, mas podemos ter um quadro de música com cantores corintianos. Queremos trabalhar melhor essa TV Corinthians, assim como temos projeto de uma rede social apenas do Corinthians. Imagina uma rede do Corinthians? Imagina uma TV do Corinthians? Imagina você ter uma grade e assistir tudo relacionado ao clube? É nisso que vamos trabalhar.

 

FONTE – GLOBO.COM

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