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Operação prende três policiais militares suspeitos de executar agiota mediante pagamento de propina


 

Três policiais militares foram presos durante a segunda fase da operação Mar Vermelho, nesta quarta-feira (6), em Ibiporã, norte do Paraná. Eles são suspeitos de matar um agiota mediante pagamento de propina.

 

Os nomes dos agentes presos não foi divulgado. O crime que motivou a operação, segundo a investigação, foi registrado inicialmente como um confronto policial.

 

Ao todo, a operação cumpriu seis mandados de prisão preventiva, um mandado de imposição de medidas cautelares e sete de busca e apreensão. A ação foi coordenada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).

 

Conforme o órgão, os agentes presos estavam usando tornozeleira eletrônica desde a primeira fase da operação. Um quarto agente envolvido no crime está preso. Os suspeitos são três praças e um oficial.

 

De acordo com o MP, a operação desta quarta foi possível a partir de novos fatos descobertos, como um pedido dos policiais para que um comércio da região desligasse as câmeras.

 

"No curso das investigações, foram descobertos fatos novos que permitiram a formulação do pedido de prisão – entre eles, o de que, instantes antes da prática do crime, policiais estiveram em um estabelecimento comercial vizinho e determinaram que as câmeras de monitoramento fossem desligadas, para evitar que a ação criminosa fosse gravada", disse o MP.

 

g1 tenta contato com a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) para comentar o caso.

Além dos policiais, uma ex-vereadora de Alvorada do Sul, suspeita de ter ligação com as ações, também foi alvo, bem como o pai e o irmão. Um deles é considerado foragido.

O balanço completo da operação deve ser divulgado ao longo da manhã desta quarta.

 

Pagamento de propina

Segundo o MP, as investigações começaram após uma morte de um agiota na região central de Ibiporã, em 10 de setembro de 2021.

Inicialmente, o caso foi tratado como confronto policial, mas o Grupo de Operações Especiais (Gaeco) identificou que os agentes praticaram a execução mediante ao pagamento de propina.

 

Segundo os policiais informaram ao MP, uma família de Bela Vista do Paraíso, entre eles uma ex-vereadora, contraíram uma dívida de cerca de R$ 180 mil com agiotas de Londrina.

 

Após a dívida acumular, eles contrataram os militares para que matassem os dois agiotas que estavam fazendo a cobrança. O valor pago para a execução foi de aproximadamente R$ 100 mil, segundo a polícia.

 

Agiotas atraídos para o crime

No dia da ação, os suspeitos de contratar os policiais atraíram os dois agiotas até Ibiporã em um centro comercial.

 

Feito o pagamento, as vítimas saíram do local e foram abordados pelos agentes. Poucos metros depois, foram baleados pelos policiais. Um deles morreu, o outro conseguiu escapar.

 

Presos

Os três agentes estavam cumprindo medidas cautelares com o uso de tornozeleira eletrônica. Um quarto policial envolvido está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo o MP, a ex-vereadora também está utilizando tornozeleira eletrônica e responde em liberdade.

 

FONTE – G1 PR

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