Casos de síndromes respiratórias caem quase 50% no Paraná após avanço da vacinação
O Paraná registrou uma queda de quase 50% nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) na comparação com o mesmo período de 2024. Os dados são da 28ª semana epidemiológica deste ano (entre os dias 6 e 12 de julho), quando foram confirmados 293 casos, frente a 581 casos no ano passado. Em 2023, o número era de 550.
Segundo a Agência Estadual de Notícias (AEN), essa redução significativa ocorre após o avanço da campanha de vacinação contra a gripe. Até agora, mais de 3,4 milhões de doses foram aplicadas em todo o estado. Com 51,67% de cobertura entre os grupos prioritários — como crianças, gestantes e idosos — o Paraná ocupa o segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas do Piauí.
Além da queda nos casos, também há reflexos positivos nos indicadores hospitalares. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, apenas 5% dos leitos hospitalares ocupados atualmente têm relação com SRAG. A taxa de ocupação de enfermarias adultas está em 55%, e de pediátricas em 36,5%. Já as UTIs têm 89% de ocupação para adultos e 78% para crianças
Testes realizados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen/PR) também apontam redução na circulação da Influenza A, que caiu de 21,24% para 18,38% entre as amostras analisadas. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) manteve-se estável, com leve queda de 28,16% para 28,13%. Já o Rinovírus apresentou leve alta, passando de 18% para 20,03%.
Estado reforçou medidas de prevenção
Em junho, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu uma resolução que declarou estado de alerta para as SRAGs. Desde então, cerca de 1 milhão de doses foram aplicadas, elevando a cobertura vacinal do grupo prioritário de 42,11% para 51,67%.
Também foram criados 135 novos leitos hospitalares, incluindo UTIs e enfermarias infantis e adultas, distribuídos em cidades como Campo Largo, Ponta Grossa, Cascavel, Apucarana, Arapongas, Medianeira e Toledo.
Perfil dos casos e mortes
Em 2025, o Paraná contabiliza 17.258 casos e 981 mortes por SRAG. As crianças menores de seis anos representam 39% dos casos confirmados (6.735), seguidas pelos idosos com mais de 60 anos (35,5%, ou 6.128 casos).
As mortes atingiram majoritariamente os idosos: 709 das 981 vítimas tinham mais de 60 anos. Crianças com menos de seis anos foram responsáveis por 52 óbitos, enquanto a faixa dos 50 aos 59 anos registrou 104 mortes.
Com informações do SESA.