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Começa hoje segunda etapa da vacinação contra aftosa

Paraná lança campanha com ações que visam conquistar em 2016 o status de área livre da doença sem vacinação

Seapec/Divulgação
Em todo o País devem ser vacinados 150 milhões de animais nesta campanha
Começa hoje no Brasil e no Paraná a segunda etapa da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, afirma que a meta do Paraná é vacinar 100% dos animais, cujo rebanho corresponde a pouco mais de 9,5 milhões de cabeças. Neste ano, o secretário afirma que a campanha será diferente e pretende envolver todas as entidades e associações do setor. A primeira etapa da campanha de vacinação ocorreu no primeiro semestre do ano.

O motivo de envolver todo o setor, explica o secretário, é conquistar na reunião anual da Organização de Saúde Animal (OIE) de 2016, que ocorrerá em Paris, sede da entidade, o status de área livre de aftosa sem vacinação. Para isso, Ortigara frisa que o Estado precisa comprovar a eficiência não só nesta, mas nas duas próximas campanhas de vacinação. A próxima etapa acontecerá em maio do ano que vem, quando animais de até 24 meses deverão ser vacinados. "E a última, esperamos nós, deverá ocorrer em novembro de 2015, quando novamente todos os animais deverão ser vacinados", destaca o secretário.

Para que a meta seja cumprida, Ortigara frisa que será necessário comprovar a vacinação de 100% dos animais ao órgão internacional. Para isso, o secretário convoca todos os produtores a entrarem nesta campanha para que o Paraná alcance esse objetivo. Hoje, só Santa Catarina possui o status de livre de febre aftosa sem vacinação. O secretário afirma que em cada campanha total de vacinação do rebanho são gastos em torno de R$ 15 milhões.

Além de economizar recursos em campanhas de vacinação, Ortigara afirma que a conquista do status ajudará na prospecção de novos mercados. "Animais de uma região com status de livre da doença sem vacinação possui, por exemplo, preços melhores", afirma o secretário. Segundo ele, para conquistar essa meta, o Estado não pode dar margem de erro no índice de vacinação, ou seja, tudo deve ser comprovado.

Outras ações, como a instalação de barreiras sanitárias nas divisas com os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, deverão ser adotadas no próximo ano. Além disso, Ortigara afirma que novos profissionais deverão ser nomeados para intensificar a fiscalização. O Estado também irá se dedicar à aplicação do georreferenciamento nas propriedades para ter mais controle sobre o que acontece dentro delas.

O secretário deixa claro que o Estado quer deixar de focar no combate à doença e e se dedicar mais ao mercado. "O setor está engajado para isso", comemora Ortigara. Segundo ele, desde 2005 não há registro de nenhum caso de febre aftosa no Paraná. "O desafio do Estado a partir de agora é vender, queremos tratar de mercado", diz. O Japão deverá ser um dos grandes focos do Paraná.

Mercado paranaense
Com a alta do preço do boi gordo, Ortigara completa que o setor vive um bom momento. Em setembro, o valor médio da arroba, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), fechou em R$ 125,68, ante R$ 119,74 a arroba no mês anterior e R$ 100,56 registrados em setembro de 2013.
Ricardo Maia
Reportagem Local-folha de londrina
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