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Colégio de Curitiba serve bolachas aos alunos no primeiro dia de aula

Sem merendeiras desde a metade de 2014, professora improvisa refeição.
Enquanto isso, despensa segue cheia e com comida estragando.

Do G1 PR, com informações da RPC Curitiba
No primeiro dia de aulas do Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes, em Curitiba, os alunos ganharam bolachas no recreio. Essa foi a única opção encontrada para o cardápio da merenda escolar, nesta quinta-feira (12), pois, segundo a direção, desde a metade de 2014 não há uma merendeira no local.
Enquanto não chega ninguém para preparar a comida, a despensa da escola está cheia. Parte dos alimentos já passou do prazo de validade. Outros, estão próximos do vencimento. No intervalo, a professora Vânia Morais sai da sala e se transforma em merendeira. Mas não há tempo de preparar a comida para todos.

Os alunos ficaram surpresos ao ver a merenda desta quinta-feira. “Muita gente conta muito com essa refeição, porque trabalha de manhã e não dá tempo de almoçar antes”, diz uma das estudantes.
“Na escola, muitas vezes, a gente acaba ajudando, quando acontecem situações como essa”, diz a professora. Segundo ela, o cardápio de bolachas com suco de laranja foi repetido durante todo o dia. Para sexta-feira, ela espera conseguir servir cereais com leite.
Em 2014, após a saída da merendeira, eram as funcionárias da limpeza que preparavam as refeições. A direção acredita que seriam necessárias, pelo menos, quatro merendeiras. O sindicato dos professores também diz que já cobrou uma posição do governo estadual. “E a resposta é que o Núcleo [de Educação] estaria providenciando e mandando. O que a gente pede é que isso seja feito o mais rápido possível, porque as crianças já estão na escola, a merenda está ali para ser feita e, muitas vezes, tem que servir bolacha com suco, bolacha com leite, que é o mais prático, com o auxílio de outras pessoas”, diz a secretária do sindicato, Walkiria Mazeto.
Em nota, a Secretaria da Educação reconheceu o problema e a falta de alguns funcionários e professores nas escolas estaduais. Segundo o órgão, nenhum dos casos, porém, afetou o início do ano letivo. A pasta ainda prometeu resolver todas as situações até segunda-feira (16).
Fim da greve
Nesta quinta-feira, mais de 1 milhão de alunos de todo o Paraná iniciaram o ano letivo nas escolas estaduais. O calendário era para ter iniciado em 9 de fevereiro, mas foi adiado em função da greve de professores e funcionários das escolas, que durou 29 dias.
O movimento se encerrou após uma assembleia, com milhares de educadores no Estádio da Vila Capanema. Durante os 29 dias de greve, os educadores ficaram acampados em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e fizeram vários protestos.
No dia 10 de fevereiro eles chegaram a invadir o Plenário da Casa, diante da tentativa dos Governo do Paraná e dos deputados estaduais de aprovar o chamado 'pacotaço', via Comissão Geral.
Na quarta-feira (4), após assembleia que decidiu pela continuidade da greve, cerca de 20 mil docentes marcharam rumo à Alep.  No mesmo dia, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou a volta imediata dos professores e funcionários das escolas públicas estaduais ao trabalho. O sindicato foi notificado oficialmente sobre a decisão na sexta-feira (6).
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