Procurador jurídico da Prefeitura de Guaraci é preso por fraude em licitações
O procurador
jurídico da Prefeitura de Guaraci, no norte do Paraná, Helton Juvêncio da Silva
foi preso preventivamente nesta quarta-feira (23) em um desdobramento de uma
operação de combate à fraude de licitações. A ação foi realizada pelo
Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A defesa do
procurador, representada pela advogada Camila Saldanha Martins, disse que
"está empreendendo esforços para resolver a questão".
A Prefeitura de
Guaraci disse que foi pega de surpresa com a prisão do procurador e que vai se
manifestar em breve.
De acordo com o
promotor Guilherme Afonso Larsen Barros, com o avanço das investigações sobre
um esquema que consistia em um acordo entre empresas de Santa Fé, Astorga e
Colorado, descobriu-se que o procurador se valia da função e superioridade
hieráquica para facilitar a fraude.
"Conseguimos
identificar que todos os contratos celebrados com os empresários eram
articuladores pelo procurador. Ele, inclusive, trouxe os empresários de Santa
Fé", explicou o promotor.
O MP-PR ainda
investiga se o procurador teria recebido dinheiro para formalizar e aditivar os
contratos.
"Ficou
comprovado que o procurador era responsável pelas funções de chefia e
articulação desse grupo" , detalhou o promotor.
As
investigações detectaram que seis licitações de peças de automotivas, prestação
de serviço de contabilidade e consultoria e de serviços tercerizados realizadas
pelo município foram fraudadas.
O esquema teria
provocado um prejuízo de aproximadamente R$ 800 mil ao município de Guaraci,
desde o início de 2017.
Conforme o
promotor Guilherme Barros, o procurador jurídico de Guaraci é processado pelos
crimes de organização criminosa, fraude em licitações e corrupção passiva.
Operação
No fim de abril
deste ano, um vereador de Guaraci e mais seis foram presos na operação contra fraudes em licitações. Entre os
detidos estão dois contadores e quatro empresários.
Barros explicou
que o esquema consistia em um acordo entre empresas de Santa Fé, Astorga e
Colorado. Elas combinavam orçamentos que seriam apresentados nas licitações da
prefeitura.
O promotor
ainda explicou que o vereador preso era o responsável pelo setor de transportes
da prefeitura na época dos fatos. O parlamentar tomou posse da vaga na Câmara
de Vereadores no dia 16 de janeiro de 2018. Ele era o segundo suplente da vaga.
FONTE - G1 PARANA