ROMANELLI DEFENDE REAJUSTE ZERO NA TARIFA DO PEDÁGIO
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) defendeu nesta
segunda-feira 26, reajuste zero nas tarifas cobradas nas 27 praças de
pedágio das rodovias no Paraná. Todo ano, em dezembro, as tarifas são
majoradas. A proposta, segundo Romanelli, vem em consonância
com a decisão da Justiça Federal que fechou a praça de pedágio da
BR-369 em Jacarezinho e determinou a redução da tarifa em 26,75% em mais
duas praças: Sertaneja e Jataizinho.
"O que defendo é que a governadora Cida Borghetti determine que o
Departamento de Estradas e Rodagens (DER-PR) não permita nenhum tipo de
reajuste no dia 1º de dezembro como prevê o contrato. Porque sabemos que
os aditivos feitos pelas concessionárias
possuem gravíssimas irregularidades e atos de corrupção. Com isso,
efetivamente, seria mais um prejuízo aos paranaenses", disse Romanelli
em pronunciamento da tribuna do legislativo.
Ainda nesta terça-feira (27), Romanelli disse que encaminhará
requerimento para que o Governo se posicione quanto ao caso. "Temos que
cumprimentar o juiz Rogério Dantas que ainda mandou bloquear R$ 1 bilhão
da concessionária Econorte e deu um prazo de
30 para que se inciem as obras previstas no contrato e que até agora
não foram executadas", afirmou.
"Foi, sem dúvidas, um dia histórico para o Paraná. Em 1995, votei
contra o atual modelo de pedágio, pois já sabia que era uma fraude
contra o usuário. Um conluio entre empreiteiras e o governo daquela
época", completou.
Decisão exemplar - Romanelli classificou ainda como exemplar a
decisão da governadora Cida que interviu as concessionárias de pedágio
em outubro. "Após o escândalo e prisão de agentes públicos por
recebimento de propina das pedageiras, a ação da governadora
mudou a relação do Estado com os pedágios", disse.
A intervenção determinada pela governadora, segundo Romanelli,
possibilitou a Procuradoria Geral do Estado, em parceria com o
Ministério Público Federal, a provocar a ação pública que retomou o
contrato original do pedágio cobrado pela Econorte. "Também
determinaram a redução da tarifa, o fechamento de praças de pedágio e o
congelamento de aditivos para iniciar as obras relacionadas", disse.
"Foram atitudes completamente corretas as que foram tomadas, claro, em conjunto com a Justiça Federal", concluiu.
Virgínia Bastos
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