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ANAC cede à pressão e proíbe o pouso e decolagem de aviões Boeing 737 MAX

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) proibiu, na noite desta quarta-feira (13), pousos e decolagens com aviões da Boeing, do modelo 737 MAX. A decisão veio quase três dias após a queda, no domingo (10), de aeronave semelhante na Etiópia, matando 157 pessoas, no segundo caso em cinco meses - o primeiro foi na Indonésia com 189 vítimas, totalizando 346 mortes.

Desde a queda na Etiópia, companhias aéreas e autoridades de todas as partes do mundo decidiram proibir operações de pousos e decolagens com aeronaves destes modelos da Boeing. Na terça-feira (12), com a decisão da União Europeia, mais de 50 países já haviam tomado medidas contra as operações com aviões do modelo 737 MAX.

No Brasil, uma das primeiras reações contra a inércia da ANAC veio do presidente da Associação Brasileira das Vítimas da Aviação Geral e Experimental (ABRAVAGEX), Augusto Fonseca da Costa. Ele aproveitou solenidade conjunta com Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares (Feturismo) e a Confederação Nacional de Turismo (CNTur), na quarta-feira (13), para tentar sensibilizar a agência e autoridades na urgência em proibir as operações com as aeronaves.

"A ANAC se acomodou, mesmo diante da pressão social e internacional, no discurso de que estava acompanhando as investigações sobre as quedas na Etiópia e Indonésia e, em função disto, não tomaria providência", ressaltou Augusto da Costa. "A impressão que dava é que a  agência preferia pagar para ver, só que quem poderia pagar seriam passageiros e tripulantes", afirmou Fábio Aguayo, membro da Feturismo e CNTur.

No final da tarde de quarta-feira, a própria Boeing emitiu um comunicado que havia solicitado, à Federal Aviation Administration (FFA), a suspensão temporária das operações com todas as aeronaves da família 737 MAX no mundo. A proibição de pouso e decolagem dos modelos de aviões foi anunciada próximo às 22h da noite.


FONTE - RONI PIMENTEL


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