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Ex-motorista da Rodonorte diz ter levado malas de dinheiro ao Palácio Iguaçu

Um ex-motorista que trabalhava na presidência da concessionária de pedágio Rodonorte disse aos procuradores do Ministério Público Federal que entregou malas de dinheiro no Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado, durante a gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB). Segundo a investigação, além dos montantes levados ao Palácio Iguaçu, ele também relatou entregas no Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) e na associação das empresas concessionárias, que era usada para repassar propina aos políticos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo e do Bem Paraná.


Richa foi um dos alvos da investigação das operações Integração I e II da Lava Jato, e chegou a ser preso preventivamente. Ele, que nega participação em desvios, é réu sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, apontado como um dos beneficiados pelo esquema.

O detalhes sobre o esquema fazem parte do acordo de leniência celebrado pela Rodonorte com o Ministério Público Federal, no qual a concessionária se comprometeu a reduzir o valor das tarifas em 30% nas praças que mantém no Estado. Após a homologação, a empresa terá 30 dias para implantar a redução da tarifa de pedágio, que deve se estender por pelo menos um ano, até somar R$ 350 milhões em abatimentos.

A concessionária ainda se comprometeu a realizar as obras previstas no contrato inicial com o governo estadual, mas que não foram executadas em função de aditivos contratuais. O valor dos investimentos deve alcançar R$ 365 milhões.

Propinas – No acordo, a concessionária admite o pagamento de propinas milionárias a integrantes do governo do Estado – que é alvo da Operação Lava Jato. Segundo as investigações, empresas que administravam o pedágio pagavam percentuais de propina a agentes públicos e políticos há cerca de 20 anos, em troca da supressão de obras previstas em contrato e de reajustes de tarifas em seu benefício.

No total, o acordo celebrado prevê o pagamento de R$ 750 milhões em multas pela Rodonorte, que também deve se submeter a um programa de monitoramento por 32 meses. No total, o acordo prevê o pagamento de R$ 750 milhões em multas pela Rodonorte.

Em nota, a empresa informou que continuará contribuindo com as autoridades. O acordo ainda está sob sigilo.

FONTE - FABIO CAMPANA

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