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MP-PR denuncia pai e avó de Eduarda Shigematsu por homicídio e ocultação de cadáver
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou denúncia contra o pai e a avó paterna da garota Eduarda Shigematsu, que tinha 11 anos e foi morta e teve o corpo escondido no quintal da casa da família, por homicídio e ocultação de cadáver. O caso aconteceu em Rolândia, no norte do Paraná, em abril deste ano.
De acordo com o MP-PR, o crime de homicídio tem os agravantes de meio cruel – por os acusados terem asfixiado a menina –, por não terem dado chance de defesa para a criança e por feminicídio, já que a agressão tem relação com o fato de a vítima ser mulher.
A denúncia do MP-PR foi apresentada à Justiça na terça-feira (25), e a Polícia Civil concluiu o inquérito na segunda-feira (24).
Além de homicídio, o MP-PR também denunciou os dois por falsidade ideológica. Eles tentaram adulterar a realidade dos fatos para dificultar a investigação, segundo o MP-PR.
Ricardo Seidi e Terezinha Guinaia estão presos. Ele está na Cadeia de Rolândia, e Terezinha no 3º Distrito Policial (D.P.) de Londrina, também no norte do estado.
Até agora, a motivação do crime não foi divulgada. A defesa dos dois não se pronunciou sobre a denúncia do MP-PR.
Caso a Justiça aceite a denúncia e, se o pai e a avó de Eduarda forem condenados, as penas podem somar mais de 30 anos de prisão.
Relembre o caso
A criança desapareceu em 24 de abril em Rolândia. Quatro dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo enterrado nos fundos de uma casa que pertence ao pai da menina, Ricardo Seidi. O homem foi preso e confessou ter enterrado o corpo após, segundo ele, ter achado a garota morta.
Seidi foi preso por suspeita de ocultação no mesmo dia em que o corpo foi achado. A avó de Eduarda, Terezinha Guinaia, foi presa em 30 de abril suspeita de envolvimento no crime.
Eduarda nasceu quando a mãe dela tinha 16 anos. Jéssica Pires perdeu a guarda da menina logo depois de se separar de Ricardo Seidi.
