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ASSAÍ - TUDO SOBRE ELE...MANOEL ALVES DOS SANTOS, popular Mané Sapateiro.

Pernambucano da cidade de Triunfo, uma cidade encravada no sertão, a mais alta e a mais fria do estado de Pernambuco.

Uma contribuição para cultura local, Mané Sapateiro, tem seu estabelecimento há 53 anos na cidade de Assaí: Sapataria Rápida.


Assaiense de coração, um verdadeiro ator social de grande cultura nesta diversidade que estamos inseridos, retrata o filme de sua vida desde fevereiro de 1960.


“... Sapateiro sem lenço e sem documento, sem ser empregado e sem ser patrão, tenho o céu como o meu teto e o chão como meu colchão. Assim cheguei vindo de pau de arara viajando por 21 dias, pagando todos os meus pecados. Desci na Avenida de Rio de Janeiro esquina com Rua Bolívia, onde hoje é o Posto Matsubara, era um terreno vazio onde todos que chegavam de pau de arara paravam ali... desci chorando, pedindo ao Padre Cícero que me ajudasse, pois para mim achei que estivesse no Japão, não entendia o que falavam e a angustia tomava conta do meu coração querendo voltar para o meu sertão em Pernambuco. Desempregado sem saber o que fazer, sem dinheiro, só tinha um relógio onde levei comigo na antiga mercearia Aurora, onde tomei minha primeira água e pedi com muito sacrifício para falar e entender o que eu queria: um pão com mortadela e um copo de leite. Que momento difícil, não entendia a comunicação e os hábitos eram totalmente diferentes do que eu era acostumado em minha terra, nessa padaria me colocaram para comer tofú, feijão curtido, não me adaptava, eu olhava para mim e não acredita no que eu estava passando, coisa incrível essa angustia que sentia, e essa situação durou por mais ou menos seis meses. Nesse período só existia máquina de café e algodão, a avenida Rio de Janeiro era de paralelepípedo, desde onde hoje é a loja Shimada até a padaria Ikeda, era uma camada alta, um corredor de difícil locomoção. Também lembro-me da diversão que era um luxo com dois cinemas, um centralizado onde hoje é a Caixa Econômica Federal, e o outro na Rua Bolívia, onde hoje é a fabrica de costura.As festas juninas realizadas era nesse espaço vazio ,onde é o posto. O cenário neste período era de muitos aventureiros que colhiam algodão e café, muito frio, não se adaptavam e com o término da colheita retornavam a sua terra natal. Era muito difícil fazer amizades no começo... mas graças a Deus o tempo foi passando e hoje tenho muitos amigos aqui, que contribuíram para melhorar a nossa cidade. Assaí melhorou, a cidade tem vida e cresceu, aos olhos de quem vem de fora é uma terra rica, que nos faz bem, povo alegre e inteligente , sou muito feliz aqui ao lado da minha família, meus filhos todos criados. Fui ao estado de Pernambuco recentemente e destaquei a importância da cultura de meu Pernambuco, que muito contribui para a formação intelectual do povo brasileiro, porque a palavra mal aplicada é muito mais pesada do que uma picareta.


Mensagem aos Assaienses: “...54 anos se passaram, sou feliz, gosto de me comunicar, a palavra é tudo, saber dizer SIM e NÃO, Procurem ser felizes, amem Assaí porque a cultura daqui é muito rica, só temos a crescer, para que nossa cidade seja colorida e encantadora como a natureza que DEUS nos deu de presente...”


FONTE - ASSAÍ POVO FELIZ

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