Trump diz que vai suspender temporariamente imigração aos EUA diante de 'inimigo invisível'
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (20) que vai assinar uma ordem
executiva para suspender
temporariamente a imigração ao país em meio à pandemia de Covid-19, a doença do novo
coronavírus.
Em mensagem publicada no Twitter, Trump disse que os EUA
enfrentam um "inimigo invisível" e que o país precisa proteger os
empregos — a taxa de desemprego entre norte-americanos explodiu no
último mês por causa da pandemia.
"À luz do ataque do Inimigo
Invisível e também pela necessidade de proteger os empregos dos nossos grandes
cidadãos americanos, eu vou assinar uma ordem executiva para suspender
temporariamente a imigração aos Estados Unidos", escreveu.
Até as 23h21 desta segunda, o presidente não havia detalhado
como essa suspensão funcionaria e por quanto tempo ficaria em vigor.
Atualmente, os EUA são o mais atingido pela pandemia do novo
coronavírus. Nesta segunda-feira, o número de mortos
ultrapassou os 42 mil.
Trump volta a defender isolamento
Em entrevista nesta segunda-feira, Trump voltou a
defender as medidas de distanciamento social. Apesar de também pedir um retorno gradual às atividades, o
presidente reconheceu a necessidade do respeito às orientações dos órgãos de
saúde dos EUA.
"Neste período, os
norte-americanos devem manter uma rigorosa vigilância e continuar com higiene
cuidadosa, distanciamento social e outras medidas protetivas que
estabelecemos", disse.
Trump deve se encontrar com o governador de Nova York, Andrew
Cuomo, nesta terça. O estado é o mais afetado pela Covid-19, e, mesmo com
sinais de diminuição do contágio, as autoridades locais não querem afrouxar o
isolamento para evitar um novo pico do coronavírus.
Na contramão, estados como a Geórgia já
pretendem retomar atividades ao fim desta semana. O médico Anthony Fauci,
principal autoridade de doenças infecciosas nos EUA, alertou que um retorno
abrupto pode reativar a crise da Covid-19.
Mesmo com as orientações médicas de
isolamento, manifestantes foram às ruas para pedir o fim das medidas. No
Colorado, um médico se posicionou à frente da carreata contra a quarentena para
impedir que o grupo prosseguisse com o protesto.
GLOBO.COM
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