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Para 52%, acusações de Moro não justificam impeachment

Pesquisa DataPoder360 mostra que caiu o apoio ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro baseado nas acusações do ex-ministro Sergio Moro.
Mais da metade (52%) dos entrevistados afirma que as declarações de Moro sobre uma possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal não são suficientes para afastar o presidente do cargo. Apenas 34% acham o contrário.
No levantamento anterior, divulgado pelo Poder360 em 2 de maio, o Brasil estava dividido sobre 1 eventual processo de impedimento: 40% queriam Bolsonaro fora e 40% achavam que o presidente deveria seguir à frente do Planalto.
A pesquisa foi realizada de 11 a 13 de maio pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Leia o relatório completo dos resultados no Brasil (2 MB).
O cruzamento dos dados com a avaliação de Jair Bolsonaro mostra que o maior contingente de pessoas que acredita que há motivo para tirar o presidente do cargo se concentra em quem avalia o governo como ruim ou péssimo (68%).
Já entre os que aprovam o presidente, 83% acreditam que não há razão para tirá-lo da Presidência.
MORO X BOLSONARO
O ex-juiz Sergio Moro deixou o governo em 24 de abril numa reação à decisão de Bolsonaro de exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Em seu discurso de despedida, o ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir politicamente na PF.
Bolsonaro negou as acusações e afirmou que o ex-ministro condicionou a demissão de Maurício Valeixo a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Agora, Moro e Bolsonaro travam 1 embate sobre a divulgação do vídeo de uma reunião ministerial de 22 de abril.
O ex-juiz quer a divulgação na íntegra do material. Segundo ele, o presidente teria sido enfático no desejo de interferir politicamente na Polícia Federal e blindar parentes de investigações.
Já o chefe do Executivo acha que apenas uma parte do vídeo deve vir à tona. Segundo ele, o outro trecho trata de questões “sensíveis” ao Brasil e à economia.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou a favor de que somente trechos sobre a PF (Polícia Federal) do vídeo da reunião ministerial sejam divulgados.
O ministro relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, afirmou em 9 de maio que decidirá “brevissimamente” sobre a divulgação total ou parcial do material.
FÁBIO CAMPANA

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