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Casos ativos em Curitiba passam de 11 mil e RMC pode endurecer restrições


 Curitiba registrou, nesta segunda-feira (23), 1.339 novos casos de Covid-19 e dez óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde. Além disso, até esta segunda-feira eram 11.232 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. este é o maior número de casos ativos desde o início da pandemia.

Por causa dos números das últimas semanas na Capital e também na Região Metropolitana, prefeitos da Grande Curitiba podem voltar a apertar as restrições. Ontem, durante reunião do Fórum Metropolitano de Combate à Covid-19, realizada — via webconferência — o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Wozniack, disse “que as campanhas de conscientização junto à população devem ser ampliadas e se forem necessárias, serão tomadas medidas mais restritivas”.

“Estamos acompanhando o crescimento dos índices (de contágio) e se for necessário poderemos fazer um novo Decreto Metropolitano, não com fechamentos, mas com mais restrições a público em determinados locais”, disse. “Vamos acompanhar a situação em conjunto com Curitiba, tomaremos uma decisão única, após a decisão dos municípios”, comentou.

Desde o dia 11 de novembro os casos na Capital voltaram a patamares de meses até então tidos como o pico da pandemia — especialmente julho —, com registros de mais de 700 casos diários. Na semana passada estes números passaram da casa dos mil diariamente até atingir 1.409 novos casos confirmados no dia 20 de novembro, um recorde em um único boletim.

Ao mesmo tempo, hospitais começaram a relatar alta de internamentos provocados pela doença.

No último final de semana, boletim atualizado com dados de domingo pela Secretaria de Estado de Saúde revelavam que três hospitais públicos com leitos exclusivos para Covid-19 pelo SUS de Curitiba estavam com as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) lotadas — o Hospital de Clínicas, o Hospítal Evangélico e o Hospital do Trabalhador, que também estava sem vagas na enfermaria.

A nova onda de Covid-19 também atinge os hospitais particulares. Também no domingo, mais dois hospitais privados anunciaram que estavam lotados por causa do coronavírus e que não receberiam mais pacientes graves: o Hospital Nossa Senhora das Graças e o Hospital Sugisawa.

Ministério Pùblico — Diante do novo avanço da Covid-19 em Curitiba, com recordes de confirmações, casos ativos e ameaça de colapso nas redes particular e pública de hospitais, o Ministério Público do Paraná (MPPR) voltou a pedir que a Justiça que analise o mérito da ação civil pública que questiona os métodos da Prefeitura de Curitiba para determinar os riscos. Para o MPPR, a matriz utilizada pela prefeitura para determinar o que abre e fecha na cidade durante a pandemia de coronavírus é ineficaz.

Ontem, a Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba voltou a peticionar nos autos de ação civil pública pedindo o julgamento antecipado do mérito. A medida foi adotada a partir do Decreto Municipal 1.570, de 20 de novembro de 2020, que prorrogou por mais uma semana na capital a vigência da bandeira amarela na Capital, apesar do aumento de casos.

Entidades médicas emitem alerta e pedem que população retome o distanciamento social

As entidades que integram os sistemas público e privado de assistência à saúde de Curitiba emitiram, no fim de semana passado, uma carta de alerta para a população para a retomada do comportamento preventivo diante da Covid-19.

Reunidos na quinta-feira passada na Secretaria Municipal de Saúde, para analisar o aumento dos casos de Covid-19 na capital e Região Metropolitana e o reflexo disso nos atendimentos médicos ambulatoriais e hospitalares, a constatação foi que se a população não se conscientizar novamente sobre a gravidade e o risco da doença e não retomar um comportamento preventivo de cuidados e isolamento social o sistema de saúde da cidade não dará conta de atender a todos os doentes nas próximas semanas.

Dois trechos do manifesto expressam bem a preocupação das entidades responsáveis pelo sistema de saúde em Curitiba: “As pessoas perderam o medo da doença. As pessoas não se importam em contaminar outras pessoas, contando que se sintam bem. As pessoas querem “aproveitar a vida” e ignoram a morte”. (…) “Se o comportamento de cada cidadão não mudar, os casos de contaminação e morte baterão nas portas de todas as residências da cidade e deixarão marcas em todas as nossas famílias, sem distinção”.

A carta é assinada pela Associação dos Hospitais do Estado do Paraná (Ahopar), a Associação Médica do Paraná (AMP), a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Sindipar) e a Unimed Curitiba, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

Nas recomendações que fazem à população, as entidades reforçam que as pessoas com sintomas devem aguardar os resultados de exames em casa e, uma vez confirmada a contaminação, devem cumprir todo o período de tratamento em isolamento total. (Bem Paraná)

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