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Protesto de servidores da Polícia Civil contra Governo do Paraná termina em confusão, durante evento do Detran


 

 

Um grupo de agentes da Polícia Civil protestou durante um evento do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), em Curitiba, nesta segunda-feira (11).

 

A tropa de Choque da Polícia Militar (PM) foi acionada e houve confusão no local.

 

A categoria se manifestou com faixas e gritos de ordem contra os valores de reajustes salariais aprovados pelo governo do estado para as polícias Militar, Civil e Científica.

 

A lei, de autoria do governo e aprovada pela Assembleia Legislativa do estado (Alep), aplicou reajustes com valores diferenciados entre policiais que estão em começo de carreira e agentes que possuem anos de trabalho.

 

Para a categoria, a decisão faz um "achatamento" da tabela salarial e cria diferenças entre as classes policiais.

 

Confusão

 

Nesta segunda, os policiais civis fecharam a rua em frente ao pátio do Detran-PR, onde o governador Ratinho Junior (PSD) e outras autoridades participavam do lançamento de uma "minicidade" para educação infantil sobre trânsito. O projeto recebe o nome de "Detranzinho".

 

Por volta das 10h, a confusão aconteceu ao redor de um carro de som levado ao local pelo sindicato da categoria dos policiais civis.

 

Segundo os manifestantes, os policiais militares chegaram a usar spray de pimenta em direção aos manifestantes. O batalhão ocupou a rua e bloqueou o trânsito.

 

A confusão envolveu PMs, manifestantes e seguranças que trabalham no evento do governo.

 

O governo do estado defendeu o reajuste aprovado para os policiais civis do Paraná e afirmou que as contas públicas "ainda são duramente impactadas pela pandemia e a crise global dos últimos anos".

 

"Eles têm o direito de protestar. Existe, infelizmente, uma briga sindical interna, porque tem uma eleição do sindicato dos policiais civis em maio. Mas essa questão sindical a gente não pode entrar porque é uma matéria interna", disse Ratinho Junior ao deixar o evento.

 

Ainda nesta manhã, o Governo do Paraná informou que "lamenta o protesto que tentou tumultuar uma inauguração restrita a convidados e imprensa no Detran".

 

"O Governo do Estado entende que todas as manifestações são legítimas, mas não podem impedir atividades rotineiras de outros órgãos públicos ou interromper o trânsito de uma avenida importante da cidade".

 

O governo informou que vai apurar se houve excessos na ação e tomará as medida cabíveis.

 

A Polícia Militar disse que foi acionada para acompanhar a situação e, "no momento em que os ânimos ficaram mais exaltados, as equipes policiais intervieram, mas utilizaram o mínimo possível de reforço para a dispersão".

 

Segundo a corporação, "rapidamente a situação foi acalmada e os trabalhos continuaram normalmente".

 

"O Governo do Paraná instituiu uma revisão na tabela de todos os policiais civis no mês passado. Pela nova lei, todas as classes receberam aumento, o que tem desdobramentos inclusive previdenciários, e em algumas há ganho real de R$ 1.000,00.

A mesma lei instituiu mudanças significativas no órgão e que estavam represadas há décadas. Um dos aspectos é a regularização da designação de delegados para atuarem em mais de uma unidade policial, com gratificação de 15% sobre o salário. Também foram criadas 72 novas Funções Privativas, o que assegura salário diferenciado para cargos de gestão.

Nos últimos anos também foram adquiridos 2,4 mil computadores, 5 mil pistolas Beretta APX Full Size 9mm, kits completos de uniforme (pela primeira vez na história), identidades funcionais, novos sistemas para trabalhar nos procedimentos de Polícia Judiciária e, até o momento, 371 veículos. O Paraná também tirou definitivamente a Polícia Civil da custódia dos presos, encerrando dívida histórica com a categoria.

O Estado mantém diálogo aberto com os policiais civis. Os desafios são grandes porque se avolumam há décadas e as contas públicas ainda são duramente impactadas pela pandemia e a crise global dos últimos anos.

 

Toda essa restruturação foi feita com a participação das entidades que representam os policiais e não encerra a discussão, que deve ocorrer dentro dos parâmetros legais. O Governo do Paraná segue apoiando o funcionalismo dentro daquilo que consegue atender e das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal".

 

FONTE – G1 PR

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