Homem mata vizinho para impedir agressões contra mulher, diz polícia
Um homem se entregou à polícia
após matar o vizinho na madrugada desta quarta-feira (21) no bairro Umbará, em Curitiba. Segundo a
Polícia Civil, o crime foi motivado por o homem não aguentar mais ouvir as
brigas entre a vítima e a esposa do vizinho.
Ao g1, a
delegada Camila Cecconello, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP),
disse que o homem confessou o crime e apresentou a faca usada para matar o
vizinho.
De acordo com a
polícia, ao chegar no local do crime a esposa relatou que ela e o marido
tiveram uma discussão, que o vizinho interveio e que os dois homens saíram
brigando pela rua.
A polícia foi até a
casa do vizinho, mas ele não estava. Na sequência, segundo a corporação, o
suspeito veio caminhando em direção a eles e se apresentou.
“Ele até foi
trabalhar, só que quando chegou no trabalho estava sentindo que tinha que fazer
o certo, tinha que se apresentar e assumir o que ele fez. Ele veio até a gente,
se entregou, falou que tinha cometido homicídio e perguntou se a gente queria
ter acesso à faca que ele usou no crime”, relatou a delegada.
Violência contra a mulher
Segundo a delegada, o
suspeito disse ter cometido o crime por não aguentar mais ouvir as brigas e
agressões diárias da vítima contra a esposa.
De acordo com a
delegada, há vários registros de acionamento da Polícia Militar feitos pela
vizinhança relatando que a vítima e a esposa discutiam e que ele agredia a
esposa.
“Têm vários registros
que a Polícia Militar ia até o local, só que a esposa dizia que não era bem
assim, que não tinha sido agredida e que aqueles machucados não eram de
agressão do marido. Então, acabava não tendo um inquérito policial porque a
esposa da vítima não representava contra vítima".
Ainda segundo a polícia,
a vítima tinha antecedentes por lesão corporal, violação de domicílio,
violência doméstica, ameaça, furto e crimes sexuais.
Investigação
O suspeito foi preso
em flagrante por homicídio. Nesta quinta-feira (22) será realizada a audiência
de custódia onde o juiz vai decidir se converte a prisão em flagrante em prisão
preventiva ou se ele vai responder em liberdade.
FONTE – G1 PR