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Treze municípios abandonam Amunorpi


Onze prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi) reuniram-se na noite desta segunda-feira, dia 27, no Hotel Fazenda "Carro de Boi", em Tomazina, para debater o futuro da entidade. Eles resolveram - em comum acordo com os prefeitos de Jundiaí do Sul, Marcinho do Saleto(PMDB) e Carlópolis, Roberto Coelho(DEM), que não estavam presentes, mas autorizaram a decisão por telefone - pedir a desfiliação da entidade. Assim, das 26 cidades, a Amunorpi passa a ter apenas 13 a partir de hoje.A informação foi dada ao npdiario pelo prefeito tomazinense Guilherme Saliba(PPS), por volta das 23 horas desta segunda-feira, dia 27, quando eles terminavam de redigir uma Carta dirigida ao atual presidente da entidade, Luis Antônio(PMDB), chefe do executivo de Siqueira Campos.Eles estão revoltados pela forma como foi conduzida a eleição da Amunorpi, que teve como presidente aclamado o prefeito de Barra do Jacaré, Edmar de Freitas Alboneti, o Edão. Segundo Guilherme, alguns chefes de executivos buscaram alternativas para manter a unidade e, como proposta, sugeriram que tanto ao prefeito de Tomazina quanto o de Quatiguá , Efraim Bueno de Moraes(PMDB) que desistissem da presidência. “O prefeito Juarez [de Conselheiro Mairinck] apresentou a proposta dizendo que o candidato único seria o Geraldo Molina [prefeito de Figueira] e que eu poderia indicar o vice. No dia seguinte, Juarez(PR) voltou a manter contato informando que Efraim não abriria mão da vice-presidência. Assim, não haverá consenso", afirmou.O vice indicado por Guilherme seria o prefeito de Wenceslau Braz, Athayde Ferreira dos Santos JúniorPCdoB), o Taidinho.No encontro desta segunda, as opções debatidas foram: Permanecer na Amunorpi; exigir a realização de um novo pleito, desta vez com um grupo indicando o presidente e outro o vice; desligamento oficial da Amunorpi e a criação de uma nova associação de municípios, incluindo Jaguariaíva, Sengés e Arapoti(que estariam descontentes como integrantes dos Campos Gerais) ou adiamento da decisão por 30 a 60 dias.Abandonaram a Amunorpi: Ibaiti,Tomazina, Wenceslau Braz, Curiúva, Conselheiro Mairinck, Joaquim Távora, Carlópolis, Ribeirão Claro, São José da Boa Vista, Santana de Itararé, Pinhalão, Jaboti e Jundiaí do Sul.Guilherme comentou com a reportagem que o grupo não encontrou outra alternativa e manifestou descrença num consenso com os atuais "adversários".A Carta com a desfiliação será entregue nesta terça-feira ao presidente da Amunorpi e em janeiro eles voltarão a se reunir para tratar dos detalhes da medida.Luis Antônio foi consultado a respeito por celular e se disse desapontado com a atitude que classificou de "infantil, precipitada e pouco inteligente", pois, justificou, vai prejudicar os municípios. "Eles não aceitaram participar da eleição e agora querem enfraquecer a região", afirmou. O peemedebista avisou que irá conversar com os prefeitos para tentar evitar o racha.A vice-presidente eleita, Maria Ana Pombo, prefeita de Santo Antônio da Platina, se disse "muito triste" e lamentou que a crise "tenha chegado a esse ponto de ruptura".Lembrou que uma emenda parlamentar garantiu a construção da sede própria da Amunorpi e que "se saírem quem perderá será a população do Norte Pioneiro", declarou, também por telefone celular.Efraim, segundo-vice-presidente está em Curitiba. Ele ironizou a decisão, "só assim para eles ganharem a eleição", disse. Para o quatiquaense, o ideal seria a união, mas também está cético com o futuro próximo.O ex-ministro das Comunicações e atual chefe de gabinete da prefeitura platinense, Joel Rauber, foi procurado para falar sobre o imbróglio pela sua experiência e inegável capacidade de aglutinação política.Para ele, uma entidade com 26 prefeituras jé apresenta dificuldades, duas com 13 serão tecnicamente inviáveis, pois vão carecer de estrutura e representatividade, "era preciso oferecer governabilidade para a Amunorpi, entendo que a direção foi eleita para um mandato provisório, temporário,até que sejam alinhavados os acordos e os interesses regionais se sobreponham aos locais e pessoais", sublinhou, reforçando ideia antiga que prega a união com a Amunop(Associação dos Municípios do Norte do Paraná), chegando a 45 cidades. "No sudoeste, por exemplo,as entidades possuem muitos municípios, o que fortalece as reivindicações", disse.Joel está mais otimista: "Pelo que conheço das prefeitas e prefeitas não quero acreditar que deixarão a Amunorpi com essa fissura gravíssima porque a História vai cobrar dos líderes atuais. Confio no discernimento dos protagoistas e creio num final feliz", concluiu.
FONTE - SITE NP DIÁRIO

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