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Paraná fica em 2º lugar em mortes de motociclistas


No ano de 2008, o Paraná ocupou o 2 º lugar com mais mortes de motociclistas em todo o Brasil. Foram 721, perdendo apenas para São Paulo, que teve 1.596 mortes. O número assustador não difere da realidade no restante do País. Complemento do estudo ''Mapa da Violência 2011: Os Jovens do Brasil'', realizado pelo Instituto Sangari e divulgado ontem, apontou que de 1998 até 2008 o número de óbitos de motociclistas em acidentes de trânsito no Brasil subiu em 753,8%. Um salto surpreendente de 1.047 mortes para 8.939 em apenas dez anos. O aumento fez que as mortes que representavam 3,4% do total de óbitos decorrentes de acidentes subissem para a casa dos 23,4%, ficando atrás somente das mortes de pedestres, com 24,8%. Além de ficar em segundo lugar na posição nacional, o Paraná liderou a Região Sul, que teve 1.529 óbitos. Numa lista dos municípios brasileiros com elevadas taxas de óbitos, Cornélio Procópio foi a primeira cidade paranaense, ficando em 18º lugar por ter registrado 24,8% das mortes no trânsito em decorrência de desastres envolvendo motocicletas. A cidade de Umuarama ficou logo atrás, em 20 lugar, com 24,3%. Em seguida, Arapongas, com 20,2% na 33 posição. Londrina não aparece na lista e a reportagem não conseguiu levantar junto à 4 Companhia de Trânsito os números do período em questão. No estudo ficou evidente que os jovens são a grande maioria das vítimas: 2.150 mortes dos 20 anos aos 24 anos e outras 1.615 dos 25 aos 29 anos. Do total de acidentes, 89,5% envolveram homens, contra 10,5% de mulheres. O ritmo de crescimento da frota de motocicletas foi outro fator de destaque quando comparado ao de automóveis: 368,8% contra 89,7%, ou seja, quatro vezes mais motos foram adquiridas em uma década. Até mesmo por isso a mortalidade por consequência das motocicletas foi 143% maior que a de automóveis no mesmo período. Para o especialista em trânsito Sérgio Dalben, o alto crescimento indica fatores como a falta de campanhas no trânsito, além das facilidades na aquisição de veículos, principalmente motocicletas. ''Tudo favorece para o aumento da frota, desde nosso clima ameno até a facilidade de pagamento e baixas taxas. Em contrapartida, não há investimento maciço em campanhas de educação no trânsito ou fiscalização.'' Segundo ele, os índices tendem a aumentar, caso não haja uma intensa modificação nas prioridades dos órgãos de trânsito. ''Mais fiscalização significa menos multas e menos mortes'', completou.

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