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As laranjas de Nova América da Colina

Nem a chuva impede a colheita

A boa aparência e o teor de doçura coloca a fruta em destaque nas mesas da região. Para buscar novos mercados, associação de produtores torna-se cooperativa.

A laranja de mesa produzida no Norte do Paraná está conquistando novos mercados. Isto se tornou possível graças à mudança de razão social da associação de produtores em cooperativa, com sede em Nova América da Colina. Atualmente, a fruta chega aos consumidores em Londrina e cidades próximas e aos poucos entra também no exigente mercado de Curitiba. A intenção é levar a laranja de mesa a outras regiões do Estado e também a vizinhos, como Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A Cooperativa Nova Citrus foi fundada no começo do mês passado. A organização dos produtores, entretanto, começou em meados da década de 1990 e em 2002 eles decidiram criar a associação. A mudança foi necessária para expandir a comercialização do produto com a emissão de nota fiscal, o que é uma exigência legal e não seria viável no formato anterior.

A nova cooperativa nasce pensando em andar com as próprias pernas, comercializando a produção de seus associados diretamente com as redes de supermercados, mercearias e sacolões para não ficar na dependência de atravessadores. ''A nossa estratégia é trabalhar diretamente com o mercado, o que consideramos mais seguro'', afirma o presidente da cooperativa, Heriberto Bezerra de Melo. No mês passado, a associação participou de uma feira de supermercados, realizada em Londrina, apresentando o produto e mantendo contato com comerciantes de todo o Estado.

A cooperativa reúne 65 pequenos produtores de laranja de mesa de oito municípios da região. A área plantada dos associados é estimada em 650 hectares, com o cultivo de quase três milhões de laranjeiras. No ano passado a produção atingiu 300 mil caixas da fruta. Para este ano a estimativa de produção é de 350 mil caixas. A meta, segundo o presidente da Nova Citrus, é aumentar a produção em pelo menos 40% nos próximos três anos, chegando a 500 mil caixas por ano. Cada caixa de laranja de mesa pesa 25 quilos. A expansão do mercado vai depender do aumento da produção nos pomares.

Todo trabalho é acompanhado por um técnico da Emater, que orienta os produtores desde a adubação, a aplicação correta de defensivos, o plantio de variedades resistentes ao cancro cítrico até o cumprimento das normas sanitárias. O Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) é o reconhecimento da qualidade do produto e, com ele, a laranja pode ser comercializada em qualquer região do País e até mesmo exportada.

A cooperativa possui um barracaão onde as laranjas colhidas nas propriedades são preparadas para o mercado. O trabalho inclui a limpeza, desinfecção, polimento e classificação de acordo com o tamanho. Todo o processo de seleção é mecânico. E a preocupação com a aparência é ainda maior. Depois que passam pelas esteiras, as laranjas com pequenas manchas ou defeitos na casca, sem valor comercial para venda in natura, são separadas manualmente e encaminhadas para as indústrias de suco.


Com ótima aparência e alto teor de doçura, a laranja de mesa produzida no Norte do Paraná está conquistando novos mercados. E essa expansão não se deve apenas à qualidade do produto, mas também à mudança de razão social da associação de produtores em cooperativa, com sede em Nova América da Colina. Atualmente, a fruta chega aos consumidores em Londrina e cidades próximas e aos poucos entra também ao exigente mercado de Curitiba. A intenção é levar a laranja de mesa a outras regiões do Estado e também a vizinhos, como Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A Cooperativa Nova Citrus foi fundada no começo do mês passado. A organização dos produtores, entretanto, começou em meados da década de 1990, e em 2002 foi criada a associação. A mudança foi necessária para expandir a comercialização do produto com a emissão de nota fiscal, o que é uma exigência legal e não seria viável no formato anterior.

Frutas com garantia de qualidade

O engenheiro agrônomo Ciro Daniel Marcolini, da Emater, afirma que a laranja de mesa é uma boa alternativa de renda para os pequenos produtores. Como as áreas de cultivo são menores, entre 6 e 12 hectares na maioria das propriedades, os citricultores conseguem cuidar melhor de seus pomares, valorizando o produto na hora da comercialização. Além dos cuidados com pragas e doenças, a aparência da fruta é requisito essencial para que a laranja chegue mais valorizada a seu destino.

A cooperativa treinou um funcionário que cuida do monitoramento das lavouras de todos os associados. ''O inspetor de pragas verifica constantemente o nível de infestação dos pomares e orienta o produtor para a aplicação de defensivos apenas quando o índice representa danos econômicos'', explica Heriberto Bezerra de Melo, presidente da Nova Citrus. O produtor paga o serviço, mas o custo é coberto pela tranquilidade garantida ao citricultor.

Todo o procedimento é anotado e, nos casos da necessidade de aplicação de venenos, os produtos indicados são os mais seletivos e autorizados pelo Estado. ''A colheita da laranja só ocorre após vencer o período de carência'', garante Melo. ''Com o selo CFO (Certificado Fitossanitário de Origem), o produto é identificado em qualquer lugar onde esteja'', informa ele alertando para a necessidade de respeito às regras de produção. A cooperativa está se adequando também às normas do programa de produção integrada do Ministério da Agricultura. O selo do programa permitirá ampliar a área de comercialização das frutas.

A cooperativa, como destaca o presidente, não quer apenas aumentar a produção, mas manter a qualidade do produto, que é a principal diferença da laranja destinada ao setor industrial. Entre as adequações para conquistar novos mercados, os produtores estão cuidando ainda da preservação de matas ciliares, mais atenção ao manejo da lavoura e até a construção de banheiros para os trabalhadores. (E.A./Colaborou Célia Guerra).

fonte - folha de londrina - caderno norte pioneiro.





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