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Presidente da Câmara sai escoltado pela polícia no Paraná

O vereador Hélio Chelni (PTB), presidente da Câmara Municipal de Nova Cantu (centro-oeste do Paraná), precisou de escolta policial para ir embora da sessão na noite de segunda-feira (29). Correligionários do candidato a prefeito eleito na cidade, Airton Agnolin (PDT), esperavam ele no lado de fora.

De acordo com Chelni, a sessão transcorria normalmente. Ao final, o candidato eleito , que acompanhava os trabalhos do Legislativo, se manifestou.

"Foi uma atitude irresponsável dele. Votamos dois projetos na sessão e no final ele começou a gritar, falando 'aqui é 12' e chamando os vereadores de traíras".

O motivo do tumulto é a situação política complexa que vive a cidade. Agnolin exerceu o cargo de prefeito de Nova Cantu no período de 1998/2000 e 2001/2004. Com base no parecer do Tribunal de Contas do Estado, a Câmara Municipal da cidade desaprovou as contas públicas da administração dele referentes aos anos de 1998, 2001 e 2002. No entanto, o pedetista conseguiu na Justiça a anulação dos atos, pendentes desde então.

Nas eleições municipais deste ano, o Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação de Agnolin com base na Lei da Ficha Limpa. O Tribunal Regional Eleitoral, entretanto, deferiu o registro de candidatura. O candidato do PDT concorreu e foi eleito com 55,9% dos votos.

Apesar da confirmação do TRE, o pedido de impugnação da candidatura foi enviado ao Tribunal Superior Eleitoral e aguarda julgamento.

O fato de ontem, conforme o presidente da Câmara Hélio Chelni, tem a ver com a recolocação em pauta do julgamento das contas de Agnolin. Segundo Chelni, o prefeito eleito tem até a sessão da próxima semana para apresentar defesa. Após esse prazo, uma comissão será formada para montar e apresentar um parecer. A expectativa é de que até primeira quinzena de novembro a Câmara vote a aprovação ou rejeição das contas.

Chelni apontou que a atitude de Agnolin teve o intuito de intimidar os vereadores. "Ele que organizou a situação, tanto que foi o primeiro a sair gritando quando a sessão acabou. A intenção dele é retardar o máximo a votação, fazer pressão para os vereadores ficarem com medo. Ele quer impedir a votação do julgamento as contas, mas não queremos deixar para a próxima legislatura".

Por conta da situação em Nova Cantu, policiais de toda região foram enviados para controlar os ânimos no local. O delegado Mário Sérgio Bradock Zacheski, de Ubiratã, que acompanhou a situação, informou que pelo menos 100 pessoas aguardavam pela saída do presidente da Câmara. Bradock adiantou que um novo manifesto está programado para a próxima semana.

Hélio Chelni contou que esperou a chegada do efetivo policial e foi embora escoltado por policiais da Rotam.

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