Cornélio volta a respirar futebol
Terra do primeiro campeão paranaense do Norte Pioneiro, cidade acolhe o PSTC Procopense, único time da região nas duas primeiras divisões
Contra Grêmio Maringá, PSTC leva mais de 500 pagantes ao Ubirajara Medeiros; público é superior à média geral da Divisão de Acesso
"O time (PSTC Procopense) parece bom. A cidade sempre gostou de futebol", diz José dos Santos (Casulo)
Cornélio Procópio - O Norte Pioneiro já teve vários representantes na Primeira Divisão do Campeonato Paranaense. Alguns fizeram belas campanhas e incomodaram os grandes do futebol local: Esportiva de Jacarezinho, União Bandeirante, Matsubara, Platinense...
Mas o único a atingir a glória máxima de ser campeão estadual foi o Comercial de Cornélio Procópio, que levou a taça em 1961. Foi o segundo clube do interior a ser campeão paranaense e o primeiro da região Norte. Outro clube da cidade, o 9 de Julho, também frequentou a Primeira Divisão do Estadual, mas sem repetir o feito do Leão do Norte. Acompanhando a decadência geral do futebol do Norte Pioneiro, já há algum tempo Cornélio não tinha uma equipe de futebol profissional.
A esperança de ter um representante na elite do futebol paranaense renasceu este ano. O PSTC, clube-empresa de Londrina especializado em revelação de jogadores, transferiu as atividades do time adulto para Cornélio Procópio e está mandando suas partidas na Divisão de Acesso (a segunda divisão do Estadual) no Estádio Municipal Ubirajara Medeiros. Nas duas primeiras divisões do Paranaense, hoje é o único time do Norte Pioneiro.
A equipe tem feito uma campanha razoável e no momento está entre as seis que se classificariam para a segunda fase do campeonato. Mais importante: o PSTC Procopense, como passou a ser chamado, está sendo abraçado pela comunidade de Cornélio Procópio. Nos três jogos em casa, levou mais de 500 pagantes ao Ubirajara Medeiros. Nada demais, mas já acima da média geral de público da Divisão de Acesso, que tem ficado abaixo dos 400 pagantes.
Mário Iramina, presidente do PSTC, lembra que há alguns anos o clube, que disputava apenas torneios das categorias de base, teve que montar um time adulto por exigência da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A princípio, mandou jogos no Estádio do Café, em Londrina, mas atraía pouco público. "Jogávamos com portões abertos. Apareciam, no máximo, familiares dos jogadores. Não chegava a 100 pessoas por jogo", diz Iramina.
No ano passado, jogos da Copa Brasil Sub-15 foram disputados em Cornélio Procópio, e a grande presença de público animou a direção do PSTC. "Deu 2 mil pessoas, espetacular", lembra Iramina. Começaram as conversas com a prefeitura, que cedeu o Ubirajara Medeiros para jogos, treinos e alojamento dos atletas. A exigência da administração municipal foi que o time passasse a se chamar PSTC Procopense, para aumentar a identificação da cidade com o clube.
Segundo o prefeito Fred Alves (PSC), melhorias já foram feitas no estádio, e outras ainda serão promovidas. "O próximo passo é reativar a iluminação (para jogos noturnos)", relata.
Iramina destaca a importância de uma das regiões mais tradicionais do futebol do interior paranaense voltar a ter um representante. "Existe uma tradição aqui. A região teve grandes times. Eu sou nascido em Cambará e ia ao estádio ver o Operário", recorda. "O torcedor tem que criar o hábito, vir ao estádio, ver o jogo como um programa de fim de semana. Não é um trabalho da noite para o dia."
O porteiro José dos Santos, 58 anos, conhecido pelo apelido de Casulo, mora em Cornélio desde 1975. Ele conta que já viu muitos jogos do Comercial e do 9 de Julho. "Vi jogos contra Coritiba, Atlético, Paraná Clube, Londrina, União Bandeirante, que era o rival, Matsubara... Sempre tinha jogo bom", diz Casulo, que teve uma boa impressão do PSTC na vitória por 4 a 1 sobre o Grêmio Maringá no último domingo, no Ubirajara Medeiros. "O time parece bom. A cidade sempre gostou de futebol", afirma.
Mas o único a atingir a glória máxima de ser campeão estadual foi o Comercial de Cornélio Procópio, que levou a taça em 1961. Foi o segundo clube do interior a ser campeão paranaense e o primeiro da região Norte. Outro clube da cidade, o 9 de Julho, também frequentou a Primeira Divisão do Estadual, mas sem repetir o feito do Leão do Norte. Acompanhando a decadência geral do futebol do Norte Pioneiro, já há algum tempo Cornélio não tinha uma equipe de futebol profissional.
A esperança de ter um representante na elite do futebol paranaense renasceu este ano. O PSTC, clube-empresa de Londrina especializado em revelação de jogadores, transferiu as atividades do time adulto para Cornélio Procópio e está mandando suas partidas na Divisão de Acesso (a segunda divisão do Estadual) no Estádio Municipal Ubirajara Medeiros. Nas duas primeiras divisões do Paranaense, hoje é o único time do Norte Pioneiro.
A equipe tem feito uma campanha razoável e no momento está entre as seis que se classificariam para a segunda fase do campeonato. Mais importante: o PSTC Procopense, como passou a ser chamado, está sendo abraçado pela comunidade de Cornélio Procópio. Nos três jogos em casa, levou mais de 500 pagantes ao Ubirajara Medeiros. Nada demais, mas já acima da média geral de público da Divisão de Acesso, que tem ficado abaixo dos 400 pagantes.
Mário Iramina, presidente do PSTC, lembra que há alguns anos o clube, que disputava apenas torneios das categorias de base, teve que montar um time adulto por exigência da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A princípio, mandou jogos no Estádio do Café, em Londrina, mas atraía pouco público. "Jogávamos com portões abertos. Apareciam, no máximo, familiares dos jogadores. Não chegava a 100 pessoas por jogo", diz Iramina.
No ano passado, jogos da Copa Brasil Sub-15 foram disputados em Cornélio Procópio, e a grande presença de público animou a direção do PSTC. "Deu 2 mil pessoas, espetacular", lembra Iramina. Começaram as conversas com a prefeitura, que cedeu o Ubirajara Medeiros para jogos, treinos e alojamento dos atletas. A exigência da administração municipal foi que o time passasse a se chamar PSTC Procopense, para aumentar a identificação da cidade com o clube.
Segundo o prefeito Fred Alves (PSC), melhorias já foram feitas no estádio, e outras ainda serão promovidas. "O próximo passo é reativar a iluminação (para jogos noturnos)", relata.
Iramina destaca a importância de uma das regiões mais tradicionais do futebol do interior paranaense voltar a ter um representante. "Existe uma tradição aqui. A região teve grandes times. Eu sou nascido em Cambará e ia ao estádio ver o Operário", recorda. "O torcedor tem que criar o hábito, vir ao estádio, ver o jogo como um programa de fim de semana. Não é um trabalho da noite para o dia."
O porteiro José dos Santos, 58 anos, conhecido pelo apelido de Casulo, mora em Cornélio desde 1975. Ele conta que já viu muitos jogos do Comercial e do 9 de Julho. "Vi jogos contra Coritiba, Atlético, Paraná Clube, Londrina, União Bandeirante, que era o rival, Matsubara... Sempre tinha jogo bom", diz Casulo, que teve uma boa impressão do PSTC na vitória por 4 a 1 sobre o Grêmio Maringá no último domingo, no Ubirajara Medeiros. "O time parece bom. A cidade sempre gostou de futebol", afirma.
fonte - folha web - caderno norte pioneiro
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