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LONDRINA - Empresas esperam doação de 704 mil m² de terrenos

Os investimentos estimados, em lista da Codel, são de R$ 147,7 milhões, com geração de 1.681 empregos
Marcos Zanutto
Segundo Terezinha Pimentel, gestora superintendente da Grafftex, com nova área produção deverá dobrar em cinco anos
Investir R$ 147,7 milhões, gerando 1.681 novos empregos. Essa é a contrapartida apresentada por 76 empresas – a maioria já instalada na cidade – para justificar o pedido de doação de 704 mil metros quadrados de terrenos ao Município. A lista, organizada pelo Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), era bem maior. No total, 138 empresas solicitavam o benefício previsto na lei municipal 5.669.

O presidente da Codel, Bruno Veronesi, explica que a atual administração fez uma atualização dos pedidos, alguns apresentados ainda em 2008. Todas as empresas foram contatadas e a Prefeitura descartou aquelas que não têm mais interesse nas áreas públicas para expandir os negócios.

A grande maioria das empresas é formada por indústrias, entre elas 13 metalúrgicas e 5 fábricas de móveis. Mas há também algumas de outros setores, como seis transportadoras, uma de eventos e um supermercado.

"O problema é que hoje não temos nenhum terreno público para doar", afirma Veronesi. A esperança do instituto é conseguir uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, localizada na zona norte, próximo ao município de Cambé, hoje pertencente à Cohab Londrina. "Estamos negociando com a Prefeitura e a Cohab a transferência da área", diz ele. A estimativa é que o terreno, de cerca de 1,2 milhão de metros quadrados, valha R$ 24 milhões.

O local ainda não está loteado e não tem zoneamento. Depende do novo Plano Diretor, cujo projeto foi retirado da pauta da Câmara pelo Executivo e não tem previsão de voltar à tramitação. Dificilmente, será aprovado ainda neste ano. Pelo projeto, o zoneamento da região, que é bem maior que o terreno da Cohab, será industrial. A ideia do Município é criar um parque e instalar as indústrias ali.

Veronesi acredita que sobrarão cerca de 800 mil metros quadrados úteis da área da Cohab, após o loteamento. Portanto, o terreno seria suficiente para atender à atual demanda das 76 empresas. Mas não significa que todas serão alocadas naquela região. A Codel quer implantar um outro grande parque no extremo sul do Município, a depender também do novo Plano Diretor. Ali, os terrenos são particulares e o zoneamento será para indústrias mais pesadas. As empresas serão implantadas nos locais mais adequados aos seus potenciais poluidores.

Uma outra área privada da zona norte, desta vez próxima ao município de Ibiporã, já pode receber indústrias, mas terá seu zoneamento alterado para outro mais pesado.

Veronesi ressalta que a criação do parque no terreno da Cohab depende do novo plano diretor e da vontade política do Município. Nos outros locais, onde as terras são particulares, será preciso convencer os proprietários a investirem em condomínios industriais.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Flávio Balan, o incentivo de doação de terrenos deve ser visto com cuidado. "Cada caso é um caso. É preciso analisar os dados da empresa, saber o que significa o valor do terreno para ela. Às vezes, fazer uma venda subsidiada é mais negócio", afirma.


Nelson Bortolin
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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