Doe sangue, seja para quem for
Tema da campanha do MS chama a atenção para a importância de ser um voluntário regular

Mônica Nogueira é doadora há oito anos: "É muito tranquilo e venho duas a três vezes ao ano"

Sidney Faria e Elisabeth Bigatão Faria: longo histórico no Hemocentro de Londrina
Londrina – Três milhões e 600 mil doações de sangue são realizadas anualmente no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas o número ainda é baixo. São 19 doações para cada mil habitantes, sendo que o ideal seria 30 mil doações para cada mil habitantes. Nesta semana é celebrada a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue, cujo tema é "Doe sangue, seja para quem for". A ideia é destacar a importância das pessoas criarem o hábito.
Em Londrina, levantamento do Hemocentro do Hospital Universitário (HU) aponta que a maioria dos doadores é homem. "E 53,5% dos doadores têm 30 anos ou mais. Em geral as pessoas doam até 50 anos, acreditamos que isso seja em razão de após essa idade começarem a usar medicamentos ou terem doenças que contraindicam", explica Eliana Aparecida Palu Rodrigues, assistente social do Hemocentro. De 25 a 29 deste mês é celebrada a Semana Nacional do Doador de Sangue.
O motorista Carlos Roberto Rosa, de 49 anos, é doador há 30 anos. "Minha avó sempre precisava e eu via como era difícil conseguir doador, por isso venho voluntariamente até hoje. Vi meu pai doando e hoje um dos meus filhos também é doador. O procedimento é rápido, não dói. Quando a gente vê um parente precisando a gente entende o quanto isso é importante", destaca.
O aposentado Sidney Faria e sua mulher, a dona de casa Elisabeth Bigatão Faria, também têm um longo histórico no Hemocentro e há 20 anos são doadores. Juntos, eles vão à unidade quatro vezes ao ano e já convenceram também filhos e amigos a serem doadores. "Comecei porque um parente precisava e depois não paramos mais, é muito importante", conta ele.
Mônica Nogueira, de 41 anos, é enfermeira e doa sangue há oito anos. "As pessoas sempre estão precisando e por isso resolvi começar a doar. É muito tranquilo e venho duas a três vezes ao ano. Também incentivei meu filho a vir", diz.
De acordo com a assistente social, 92% das doações são espontâneas e destas, 67% são regulares. "Homens podem doar a cada dois meses, mas apenas quatro vezes ao ano e a mulher a cada 90 dias, mas apenas três vezes ao ano. A mulher pode doar menos por causa da menstruação e da gravidez. Mulheres amamentando também não podem doar. Tudo isso justifica termos mais doadores homens", diz Eliana.
Aos 43 anos, o fisioterapeuta José Giuliangeli de Castro conta que começou a doar aos 18 e pretende continuar até a idade máxima permitida. "Minha mãe trabalhava na saúde e sempre falou da importância de ser doador."
Para ser um doador é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos e não ter comportamento de risco, como uso de drogas. "Menores de idade devem vir acompanhados dos pais. É importante trazer um documento com foto e estar alimentado. Após o almoço é necessário aguardar três horas para poder doar. Quem fez tatuagem só pode doar após um ano e quem passou por cirurgia ou recebeu transfusão de sangue deve aguardar entre três meses e um ano", detalha a assistente social.
Aumento
As festas de final de ano e as férias são motivos de preocupação, pois a demanda tende a aumentar ao mesmo tempo em que diminui consideravelmente o número de doadores. "Temos cerca de 1,3 mil doadores/mês e destes mil estão aptos a doar após o exame clínico. Depois da doação, perdemos em torno de 2% das bolsas por inaptidão sorológica. O ideal é termos ao menos 30% a mais de doadores, principalmente do tipo O negativo, o mais usado nas emergências, já que somente após os primeiros socorros é feita a tipagem sanguínea", destaca Eliana.
As doações, entretanto, precisam ser feitas ao longo do mês, já que alguns componentes do sangue duram apenas como cinco dias, como as plaquetas. As hemácias podem ser utilizadas até 35 a 42 dias e o plasma dura até 5 anos.
O Hemocentro abastece os hospitais de 20 municípios da Regional de Saúde de Londrina e outros 40 das regionais de Jacarezinho e Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), além de também fazer o processamento do sangue colhido nestas duas regionais.
Em Londrina, levantamento do Hemocentro do Hospital Universitário (HU) aponta que a maioria dos doadores é homem. "E 53,5% dos doadores têm 30 anos ou mais. Em geral as pessoas doam até 50 anos, acreditamos que isso seja em razão de após essa idade começarem a usar medicamentos ou terem doenças que contraindicam", explica Eliana Aparecida Palu Rodrigues, assistente social do Hemocentro. De 25 a 29 deste mês é celebrada a Semana Nacional do Doador de Sangue.
O motorista Carlos Roberto Rosa, de 49 anos, é doador há 30 anos. "Minha avó sempre precisava e eu via como era difícil conseguir doador, por isso venho voluntariamente até hoje. Vi meu pai doando e hoje um dos meus filhos também é doador. O procedimento é rápido, não dói. Quando a gente vê um parente precisando a gente entende o quanto isso é importante", destaca.
O aposentado Sidney Faria e sua mulher, a dona de casa Elisabeth Bigatão Faria, também têm um longo histórico no Hemocentro e há 20 anos são doadores. Juntos, eles vão à unidade quatro vezes ao ano e já convenceram também filhos e amigos a serem doadores. "Comecei porque um parente precisava e depois não paramos mais, é muito importante", conta ele.
Mônica Nogueira, de 41 anos, é enfermeira e doa sangue há oito anos. "As pessoas sempre estão precisando e por isso resolvi começar a doar. É muito tranquilo e venho duas a três vezes ao ano. Também incentivei meu filho a vir", diz.
De acordo com a assistente social, 92% das doações são espontâneas e destas, 67% são regulares. "Homens podem doar a cada dois meses, mas apenas quatro vezes ao ano e a mulher a cada 90 dias, mas apenas três vezes ao ano. A mulher pode doar menos por causa da menstruação e da gravidez. Mulheres amamentando também não podem doar. Tudo isso justifica termos mais doadores homens", diz Eliana.
Aos 43 anos, o fisioterapeuta José Giuliangeli de Castro conta que começou a doar aos 18 e pretende continuar até a idade máxima permitida. "Minha mãe trabalhava na saúde e sempre falou da importância de ser doador."
Para ser um doador é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos e não ter comportamento de risco, como uso de drogas. "Menores de idade devem vir acompanhados dos pais. É importante trazer um documento com foto e estar alimentado. Após o almoço é necessário aguardar três horas para poder doar. Quem fez tatuagem só pode doar após um ano e quem passou por cirurgia ou recebeu transfusão de sangue deve aguardar entre três meses e um ano", detalha a assistente social.
Aumento
As festas de final de ano e as férias são motivos de preocupação, pois a demanda tende a aumentar ao mesmo tempo em que diminui consideravelmente o número de doadores. "Temos cerca de 1,3 mil doadores/mês e destes mil estão aptos a doar após o exame clínico. Depois da doação, perdemos em torno de 2% das bolsas por inaptidão sorológica. O ideal é termos ao menos 30% a mais de doadores, principalmente do tipo O negativo, o mais usado nas emergências, já que somente após os primeiros socorros é feita a tipagem sanguínea", destaca Eliana.
As doações, entretanto, precisam ser feitas ao longo do mês, já que alguns componentes do sangue duram apenas como cinco dias, como as plaquetas. As hemácias podem ser utilizadas até 35 a 42 dias e o plasma dura até 5 anos.
O Hemocentro abastece os hospitais de 20 municípios da Regional de Saúde de Londrina e outros 40 das regionais de Jacarezinho e Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), além de também fazer o processamento do sangue colhido nestas duas regionais.
Érika Gonçalves
Reportagem Local
Reportagem Local