Autoescolas criticam uso de simulador
Proprietários dizem que custo de aquisição do aparelho será repassado aos alunos

No Estado, há somente um simulador disponível, em Curitiba
Londrina - Uma portaria do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina a obrigatoriedade do uso de um simulador de direção veicular aos novos candidatos que pretendem tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na categoria B (carro), desde 1º de janeiro. Dessa forma, alunos têm de passar por aulas no aparelho, nos Centros de Formação de Condutores (CFC), antes de inciarem as aulas práticas.
A nova regra, entretanto, ainda está longe de vigorar no Paraná. No Estado, há somente um simulador disponível, em Curitiba. O impasse coloca de um lado as entidades representativas dos donos de autoescolas e de outro o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran).
Em nota, a assessoria de imprensa do Detran informa que o uso do equipamento na formação do condutor é irrevogável, mas sua implantação deve respeitar critérios de razoabilidade, considerando a realidade dos CFCs. Sendo assim, no Paraná, bem como em vários outros Estados, por enquanto, não será exigido o uso do simulador.
Ainda na nota, o Detran esclarece que é favorável à obrigatoriedade do simulador e que está em diálogo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Sindicato das Autoescolas do Paraná para que a medida passe a valer o quanto antes no Estado. A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Proprietários de Autoescolas do Paraná, mas não obteve retorno do presidente da entidade, Justino da Fonseca.
Semelhante a um videogame, o simulador é alvo de críticas por conta do custo do aparelho – em torno de R$ 40 mil - ou pela supostas "falsa" eficiência. Para Fernando César, diretor de um CFC em Londrina, não existe evidência de que o simulador ajude na formação do condutor. "Se realmente fosse bom, os jogadores de videogame seriam bons motoristas. Outro ponto é que o maior número de acidentes ocorre entre os motociclistas e esta categoria não possui o simulador", alfinetou.
Ricardo Humberto Bordin, proprietário de autoescola em Londrina, critica a forma como foi estipulada a norma. "Não existe qualquer estudo que evidencie a eficiência e necessidade do simulador. Trata-se apenas de um apelo comercial e não ajudaria no âmbito psicológico de quem tem medo de dirigir, pois em nada muda de um jogo de videogame."
Segundo ele, o custo de aquisição será "inevitavelmente" repassado aos alunos. "Vou precisar de vários simuladores na autoescola. E cada aula no aparelho deverá ser acompanhada por um instrutor. No final, quem vai pagar a conta é usuário", apontou.
A nova regra, entretanto, ainda está longe de vigorar no Paraná. No Estado, há somente um simulador disponível, em Curitiba. O impasse coloca de um lado as entidades representativas dos donos de autoescolas e de outro o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran).
Em nota, a assessoria de imprensa do Detran informa que o uso do equipamento na formação do condutor é irrevogável, mas sua implantação deve respeitar critérios de razoabilidade, considerando a realidade dos CFCs. Sendo assim, no Paraná, bem como em vários outros Estados, por enquanto, não será exigido o uso do simulador.
Ainda na nota, o Detran esclarece que é favorável à obrigatoriedade do simulador e que está em diálogo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Sindicato das Autoescolas do Paraná para que a medida passe a valer o quanto antes no Estado. A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Proprietários de Autoescolas do Paraná, mas não obteve retorno do presidente da entidade, Justino da Fonseca.
Semelhante a um videogame, o simulador é alvo de críticas por conta do custo do aparelho – em torno de R$ 40 mil - ou pela supostas "falsa" eficiência. Para Fernando César, diretor de um CFC em Londrina, não existe evidência de que o simulador ajude na formação do condutor. "Se realmente fosse bom, os jogadores de videogame seriam bons motoristas. Outro ponto é que o maior número de acidentes ocorre entre os motociclistas e esta categoria não possui o simulador", alfinetou.
Ricardo Humberto Bordin, proprietário de autoescola em Londrina, critica a forma como foi estipulada a norma. "Não existe qualquer estudo que evidencie a eficiência e necessidade do simulador. Trata-se apenas de um apelo comercial e não ajudaria no âmbito psicológico de quem tem medo de dirigir, pois em nada muda de um jogo de videogame."
Segundo ele, o custo de aquisição será "inevitavelmente" repassado aos alunos. "Vou precisar de vários simuladores na autoescola. E cada aula no aparelho deverá ser acompanhada por um instrutor. No final, quem vai pagar a conta é usuário", apontou.
Marian Trigueiros
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina