Agilidade no diagnóstico da tuberculose
Equipamento a ser disponibilizado na rede pública de saúde ajuda a identificar com mais eficácia a doença; exame dura cerca de duas horas

Qualquer tosse com duração de mais de três semanas precisa ser investigada, alertam especialistas

Um novo método promete revolucionar e agilizar o diagnóstico da tuberculose. O exame tradicional - a baciloscopia - que faz a identificação da doença leva 24 horas para apresentar o resultado, mas agora um equipamento inovador analisa o material coletado do paciente e traz o diagnóstico em até duas horas. A boa notícia é que o aparelho, chamado de GeneXpert, estará disponível em alguns centros de referência de tratamento à tuberculose pelo Sistema Único de Saúde (SUS)- e Londrina é um deles.
"Além de analisar o escarro do paciente e identificar se ele tem ou não a tuberculose, o equipamento também faz um teste para verificar se o indivíduo apresenta resistência a um dos antibióticos usados no tratamento", explica a coordenadora do Programa de Controle da DST/ Aids/ Tuberculose do município, Regina Cortêz. Ela acrescenta que este teste é fundamental na definição do medicamento mais indicado para o tratamento do paciente.
Para receber o aparelho, algumas adequações devem ser feitas no prédio utilizado pelo Programa Municipal de Controle da Tuberculose. A climatização da sala e o treinamento de funcionários precisam ser realizados, por isso Regina Cortêz afirma que não há previsão para a chegada do equipamento a Londrina. Atualmente o Programa registra 130 novos casos de tuberculose por ano, mas sabe-se que pelo menos outras 120 pessoas possuem a doença, mas não procuram o serviço de saúde. O principal problema é que, quando não tratados, esses portadores continuam infectando outras pessoas.
TRATAMENTO E CURA
A tuberculose mata. No ano de 2010 o Brasil registrou 4.659 óbitos por conta da doença. No entanto, há tratamento e cura. O grande desafio de lidar com esta patologia é justamente diagnosticar as pessoas e convencê-las a fazer o tratamento, que dura seis meses em média. "Todas as pessoas que apresentam tosse por mais de três semanas, emagrecimento e sudorese noturna devem procurar a unidade de saúde", ressalta a enfermeira do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Arlete Fragoso.
Ela acrescenta que muitas pessoas não buscam orientação médica porque não dão importância para a tosse. "Tem gente que acha que tosse é normal em pessoas idosas, há aqueles que são fumantes ou ex-fumantes e que não buscam ajuda porque acreditam que a causa da tosse é o pigarro do cigarro, ou confundem com bronquite. Mas isso é mito. Qualquer tosse com duração de mais de três semanas precisa ser investigada, mesmo que seja fraca", salienta a enfermeira.
Cerca de 15 dias após o início do tratamento a maioria dos pacientes deixa de transmitir a doença para outras pessoas. "A tuberculose é uma doença de contato íntimo e prolongado, se o indivíduo tem e não trata, ele pode infectar familiares e pessoas que trabalham próximas", orienta Arlete. Ela salienta que um doente de tuberculose que não faz o tratamento infecta entre dez e 15 pessoas por ano, destes, um ou dois vão desenvolver a doença.
Cerca de dois meses depois de iniciar a medicação, o indivíduo geralmente não apresenta mais sintomas da doença. No entanto, o tratamento deve ser continuado por pelo menos mais quatro meses para garantir a cura. O médico tisiologista Francisco Araújo explica que muitas pessoas deixam de tomar o medicamento após o desaparecimento dos sintomas. "Quando há abandono do tratamento, o bacilo pode criar resistência à droga e quando a pessoa reinicia o tratamento muitas vezes é preciso usar medicamentos mais fortes", aponta o médico.
"Além de analisar o escarro do paciente e identificar se ele tem ou não a tuberculose, o equipamento também faz um teste para verificar se o indivíduo apresenta resistência a um dos antibióticos usados no tratamento", explica a coordenadora do Programa de Controle da DST/ Aids/ Tuberculose do município, Regina Cortêz. Ela acrescenta que este teste é fundamental na definição do medicamento mais indicado para o tratamento do paciente.
Para receber o aparelho, algumas adequações devem ser feitas no prédio utilizado pelo Programa Municipal de Controle da Tuberculose. A climatização da sala e o treinamento de funcionários precisam ser realizados, por isso Regina Cortêz afirma que não há previsão para a chegada do equipamento a Londrina. Atualmente o Programa registra 130 novos casos de tuberculose por ano, mas sabe-se que pelo menos outras 120 pessoas possuem a doença, mas não procuram o serviço de saúde. O principal problema é que, quando não tratados, esses portadores continuam infectando outras pessoas.
TRATAMENTO E CURA
A tuberculose mata. No ano de 2010 o Brasil registrou 4.659 óbitos por conta da doença. No entanto, há tratamento e cura. O grande desafio de lidar com esta patologia é justamente diagnosticar as pessoas e convencê-las a fazer o tratamento, que dura seis meses em média. "Todas as pessoas que apresentam tosse por mais de três semanas, emagrecimento e sudorese noturna devem procurar a unidade de saúde", ressalta a enfermeira do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Arlete Fragoso.
Ela acrescenta que muitas pessoas não buscam orientação médica porque não dão importância para a tosse. "Tem gente que acha que tosse é normal em pessoas idosas, há aqueles que são fumantes ou ex-fumantes e que não buscam ajuda porque acreditam que a causa da tosse é o pigarro do cigarro, ou confundem com bronquite. Mas isso é mito. Qualquer tosse com duração de mais de três semanas precisa ser investigada, mesmo que seja fraca", salienta a enfermeira.
Cerca de 15 dias após o início do tratamento a maioria dos pacientes deixa de transmitir a doença para outras pessoas. "A tuberculose é uma doença de contato íntimo e prolongado, se o indivíduo tem e não trata, ele pode infectar familiares e pessoas que trabalham próximas", orienta Arlete. Ela salienta que um doente de tuberculose que não faz o tratamento infecta entre dez e 15 pessoas por ano, destes, um ou dois vão desenvolver a doença.
Cerca de dois meses depois de iniciar a medicação, o indivíduo geralmente não apresenta mais sintomas da doença. No entanto, o tratamento deve ser continuado por pelo menos mais quatro meses para garantir a cura. O médico tisiologista Francisco Araújo explica que muitas pessoas deixam de tomar o medicamento após o desaparecimento dos sintomas. "Quando há abandono do tratamento, o bacilo pode criar resistência à droga e quando a pessoa reinicia o tratamento muitas vezes é preciso usar medicamentos mais fortes", aponta o médico.
Michelle Aligleri
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina