‘Interiores’, por José Gonçalves
Artista plástico selecionou mais de duas dezenas de telas pinçadas de sua produção recente e de outras temporadas

José Gonçalves: "Tem que produzir para o mundo. Tem que abrir o leque. Não dá para ficar preso ao mercado de arte de Londrina"
Um dos artistas plásticos mais conceituados da cidade abre neste sábado sua primeira individual no Museu de Arte de Londrina. A informação não causaria surpresa não fosse o fato de José Gonçalves ter já duas décadas de carreira com obras comercializadas em galerias da Europa e Estados Unidos.
"Na verdade, não gosto muito de expor", revela ele. "É que geralmente os quadros precisam estar presos a alguma temática. Eu prefiro trabalhar mais solto, mais à vontade. Além do mais, tenho minha própria galeria, que não é totalmente aberta para o público, mas as pessoas interessadas podem visitá-la marcando horário".
Embora não tenha definido o número de telas a ser mostrada aos visitantes, Gonçalves acredita que reunirá cerca de 22 pinturas, pinçadas de sua produção recente e de outras temporadas. "Há figurativos e abstratos", anuncia. "Tentei pegar todas as imagens que gosto de pintar: rostos de mulheres, bicicletas, carros, vasos de flores. Gosto também de recortes, de texturas, algumas coisas lembram o patchwork, como uma colcha de retalhos que num olhar aproximado se transforma em pintura abstrata".
Intitulada "Interiores", a exposição contará também com um trabalho pensado a partir do próprio espaço a ser ocupado. Gonçalves usa técnica mista manipulando tinta acrílico, resina e materiais diversos. Ele explica que "não há regras" em seu processo de criação. "Começo com uma ideia, mas a tinta e as sensações do dia a dia é que sempre direcionam a produção. Deixo fluir. Não é um processo lógico, racional. E nem fico questionando se aquilo é arte ou não. Tento concretizar. O importante é fazer e fazer bem feito", diz.
Arquiteto de formação, ele apaixonou-se pela pintura no início dos anos 90, motivado pela produção de artistas locais como Leticia Marquez e Yoshiya Nakagawara. Ao vencer uma edição do extinto Salão de Arte do Banestado, projetou-se no mercado de arte paranaense, o que foi decisivo para decolar a carreira. "Fui o primeiro londrinense a ganhar o Salão. É uma pena que tenha acabado, porque todo ano ele lançava novos artistas", salienta.
Para o pintor, a realização de qualquer artista passa hoje pelo mercado internacional. "Não dá para ficar preso a Londrina. Tem que abrir o leque. Produzir para o mundo", assinala. Além da exposição no Museu de Arte de Londrina, ele já tem agendado outras duas individuais para este ano: uma em outubro numa galeria de Los Gatos, na área metropolitana de San Francisco (EUA), e outra em novembro na galeria Zilda Fraletti, em Curitiba.
Serviço:
Exposição "Interiores" de José Gonçalves
Quando: Abertura no próximo sábado às 10h – Visitação até o dia 30 de abril, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18 horas
Onde: Museu de Arte de Londrina (Rua Sergipe, 640)
Informações: (43)3337-6238
"Na verdade, não gosto muito de expor", revela ele. "É que geralmente os quadros precisam estar presos a alguma temática. Eu prefiro trabalhar mais solto, mais à vontade. Além do mais, tenho minha própria galeria, que não é totalmente aberta para o público, mas as pessoas interessadas podem visitá-la marcando horário".
Embora não tenha definido o número de telas a ser mostrada aos visitantes, Gonçalves acredita que reunirá cerca de 22 pinturas, pinçadas de sua produção recente e de outras temporadas. "Há figurativos e abstratos", anuncia. "Tentei pegar todas as imagens que gosto de pintar: rostos de mulheres, bicicletas, carros, vasos de flores. Gosto também de recortes, de texturas, algumas coisas lembram o patchwork, como uma colcha de retalhos que num olhar aproximado se transforma em pintura abstrata".
Intitulada "Interiores", a exposição contará também com um trabalho pensado a partir do próprio espaço a ser ocupado. Gonçalves usa técnica mista manipulando tinta acrílico, resina e materiais diversos. Ele explica que "não há regras" em seu processo de criação. "Começo com uma ideia, mas a tinta e as sensações do dia a dia é que sempre direcionam a produção. Deixo fluir. Não é um processo lógico, racional. E nem fico questionando se aquilo é arte ou não. Tento concretizar. O importante é fazer e fazer bem feito", diz.
Arquiteto de formação, ele apaixonou-se pela pintura no início dos anos 90, motivado pela produção de artistas locais como Leticia Marquez e Yoshiya Nakagawara. Ao vencer uma edição do extinto Salão de Arte do Banestado, projetou-se no mercado de arte paranaense, o que foi decisivo para decolar a carreira. "Fui o primeiro londrinense a ganhar o Salão. É uma pena que tenha acabado, porque todo ano ele lançava novos artistas", salienta.
Para o pintor, a realização de qualquer artista passa hoje pelo mercado internacional. "Não dá para ficar preso a Londrina. Tem que abrir o leque. Produzir para o mundo", assinala. Além da exposição no Museu de Arte de Londrina, ele já tem agendado outras duas individuais para este ano: uma em outubro numa galeria de Los Gatos, na área metropolitana de San Francisco (EUA), e outra em novembro na galeria Zilda Fraletti, em Curitiba.
Serviço:
Exposição "Interiores" de José Gonçalves
Quando: Abertura no próximo sábado às 10h – Visitação até o dia 30 de abril, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18 horas
Onde: Museu de Arte de Londrina (Rua Sergipe, 640)
Informações: (43)3337-6238
Nelson Sato
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA