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Professores da rede estadual suspendem greve

Categoria aprovou retorno às salas de aula a partir de segunda-feira

Theo Marques
Segundo APP-Sindicato, marcha em Curitiba reuniu cerca de 25 mil
Curitiba – Os professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram ontem, em assembleia realizada em Curitiba, suspender a greve iniciada em 23 de abril. No debate, que contou com a presença de aproximadamente 7 mil docentes, a categoria aprovou o retorno às salas de aula a partir da próxima segunda-feira e o acompanhamento constante do cumprimento do acordo firmado com o governo.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), caso alguma reivindicação acordada não seja cumprida pelo governo, a diretoria da entidade pode convocar uma assembleia para analisar uma nova paralisação. "Não foi uma decisão unânime, mas a maioria aprovou o retorno. Tivemos avanços em alguns pontos, mas vamos nos manter mobilizados e verificar se o que ficou acordado será cumprido", ressaltou o professor Luiz Carlos Paixão, secretário de comunicação da APP-Sindicato.

Apesar dos professores informarem que só retornam às escolas no dia 5, em nota oficial, o governo, por meio da Secretaria Estadual de Educação (Seed) determinou a retomada das aulas nesta quarta-feira. "A volta imediata das aulas foi uma das condicionantes nas negociações, pois não existe mais motivo para os alunos continuarem sem aulas", disse Paulo Schmidt, secretário de Educação. A recomendação para os pais é que entrem em contato com a instituição de ensino antes de mandar seus filhos para a escola para confirmar se as atividades foram retomadas.

A proposta apresentada pelo governo e firmada com o grupo de negociação prevê, entre outros pontos, o envio de um projeto de lei específico para a alteração do contrato do Processo Seletivo Simplificado (PSS); criação de uma comissão especial para tratar da implementação da hora-aula; pagamento em dinheiro da diferença de 0,67 de hora de trabalho a partir de agosto e implantação na jornada no início do ano letivo de 2015; pagamento das promoções e progressões em atraso em três parcelas (junho, agosto e novembro) e não mais em dez parcelas; encaminhamento de um projeto de lei para aprovação da Assembleia Legislativa sobre um novo modelo de saúde; suspensão do corte no auxílio-transporte imposto aos educadores em licença médica; e o anúncio de que será acrescido de aproximadamente R$ 88 o valor do auxílio-transporte dos funcionários das escolas.

PROTESTO
Pela manhã, docentes de todo o Estado participaram de uma grande caminhada no centro de Curitiba, batizada de "Marcha da Educação". Eles saíram da Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR), e seguiram em direção ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, portando bandeiras, faixas e cartazes. Além de reforçar a paralisação dos educadores, a marcha também fez parte do ato integrado à Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que ocorre em todo o Brasil. Segundo a APP-Sindicato, cerca de 25 mil professores participaram do ato. Já a Polícia Militar do Paraná informou que aproximadamente

10 mil docentes estiveram presentes
Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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