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Sesa confirma terceira morte por dengue

Número de cidades que enfrentam epidemia sobe para 14

Curitiba – Pelo menos três pessoas morreram de dengue este ano no Paraná. No boletim oficial divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), ficou confirmada a morte de uma mulher de 46 anos, moradora de Flórida (Região Metropolitana de Maringá). Ela tinha hipertensão e diabetes e morreu em janeiro. No levantamento também consta a morte de um homem de 58 anos, que morava em Rolândia e morreu em Londrina este mês. Ele também tinha diabetes e hipertensão.

A Sesa já havia confirmado a morte de uma mulher de 48 anos de Nova Londrina, que não resistiu após ficar cinco dias internada na Santa Casa de Paranavaí (Noroeste).

O registro oficial de vítimas fatais da doença, no entanto, deve crescer ainda mais. A Sesa investiga outros três óbitos: de uma menina de 5 anos, moradora de Sarandi; de um médico de 71 anos, de Rolândia e que estava internado em Londrina; além de mais uma ocorrência de Maringá.

De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Sezifredo Paz, a população deve permanecer atenta aos primeiros sintomas da doença, em especial pacientes com enfermidades crônicas. "São pessoas que estão mais debilitadas e por isso mais suscetíveis a desenvolver quadros mais graves de dengue. Reforço que é necessário procurar por atendimento médico assim que os primeiros sintomas são percebidos. A morte por dengue geralmente é evitável, principalmente com um diagnóstico precoce", explicou.

Paz lembra ainda que o período crítico da doença ainda não passou, mesmo com a queda nas temperaturas. Por isso, destaca ele, as medidas de prevenção devem ser mantidas. "Ainda observamos a proliferação do mosquito principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Oeste. Não é porque o clima está mudando que o Aedes aegypti deixa de se proliferar", completou.

Números
De acordo com o boletim da Sesa, desde o início do ciclo epidemiológico da doença (agosto de 2013), já foram confirmados 6.879 casos de dengue no Paraná e 31.981 notificações. O levantamento aponta ainda que mais dois municípios enfrentam epidemia da doença: Sarandi, na Região Metropolitana de Maringá, e Loanda, no Noroeste. Também enfrentam epidemia Maringá, Guaíra, Alvorada do Sul, Nossa Senhora das Graças, Tamboara, Nova Londrina, Marilena, Itaúna do Sul, Indianópolis, Guaporema, Cidade Gaúcha e Missal.

Outras cidades que inspiram cuidados e que podem entrar em epidemia (incidência de 300 casos por 100 mil habitantes) a partir do próximo boletim são Presidente Castelo Branco (incidência de 296,68), Santo Antônio do Caiuá (288,39), Diamante do Norte (234,66) e Ibiporã (179,49).

"A Sesa mantém a preocupação com a doença porque o número de casos suspeitos (notificações) ainda é grande. Estamos observando com atenção as cidades no entorno de Londrina, no Norte; e de Cascavel, no Oeste", afirmou Sezifredo Paz.

Conforme os dados, as cidades com maior número de casos confirmados de dengue são Maringá (1.852), Nova Londrina (1.278) e Marilena (780). Já os municípios com maior quantidade de notificações são Maringá (6.274), Londrina (4.441) e Nova Londrina (1.435).
Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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