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Vendas para o Dia das Mães devem crescer 5%

ACP prevê que o valor médio de presente fique em R$ 160 e que as compras aconteçam mais a prazo no cartão de crédito

Theo Marques
Para a ACP, os itens mais procurados pelos filhos para presentear as mães serão vestuário, calçados, cosméticos, perfumes, flores e o tradicional almoço em restaurantes
Curitiba - O comércio paranaense espera um crescimento de 5% nas vendas para o Dia das Mães, que será comemorado no próximo dia 11 de maio. Apesar de ser a segunda melhor data de vendas, só perdendo para o Natal, neste ano, o cenário econômico de juros mais altos e inflação elevada deve fazer com que o crescimento de vendas seja semelhante ao do ano passado.

O consultor econômico da Associação Comercial do Paraná (ACP), Cláudio Shimoyama, acredita que os itens mais procurados pelos filhos para presentear as mães serão vestuário, calçados, cosméticos, perfumes, flores e o tradicional almoço em restaurantes. Segundo ele, a ACP deve divulgar a pesquisa de vendas oficialmente na próxima semana, mas ele prevê que o valor médio de presente fique em R$ 160 e as compras aconteçam mais a prazo no cartão de crédito.

Ele acredita que a data aqueça as vendas do comércio no mês de maio. No entanto, os juros mais altos, a inflação crescente e o endividamento das famílias, devem fazer os negócios terem patamar de crescimento muito parecido com o do ano passado, quando foi registrado também crescimento de 5%.

‘’A expectativa é positiva para a data’’, disse o diretor comercial da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Marcelo Ontivero. Ele disse que os lojistas da cidade esperam um crescimento de, ao menos, 5% nas vendas. ‘’O Dia das Mães movimenta a cidade como um todo e também atinge setores como serviços e restaurantes’’, destacou.

Segundo Ontivero, ‘’pode ser que o consumidor coloque um pouco o pé no freio’’ em função dos juros, da inflação, do endividamento e do medo do desemprego. Por outro lado, ele lembrou que a renda dos trabalhadores está melhor em relação ao ano passado.

Além dos presentes tradicionais que sempre vendem na data como confecções, calçados e perfumaria, o comércio de Londrina está apostando em itens tecnológicos como smartphones e tablets, além do movimento em restaurantes. Para estes itens com maior valor agregado, ele prevê vendas a prazo e, para os de menor valor, à vista. Ontivero acredita que o valor médio de presente fique entre R$ 130 e R$ 150.

A Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR) ainda não tinha uma expectativa de vendas para a data porque não concluiu a pesquisa que está sendo realizada sobre este assunto. No entanto, o consultor econômico da entidade, Vamberto Santana, prevê que as vendas não serão menores do que as do ano passado.

Ele acredita que, o que pode ocorrer neste ano, é as pessoas optarem por presentes de valores não tão altos em função do aumento dos juros. ‘’Os juros, mais a tendência da inflação, levam as pessoas a terem mais cuidado na hora de comprar’’, disse. Santana acredita que o valor médio de presente fique em torno de R$ 100 e as compras ocorram mais à vista.

Na loja de roupa feminina de Curitiba, Lilac, a expectativa é que os presentes mais procurados sejam camisas, blusas de fio e de lã. ‘’Se vendermos igual a mesma data do ano passado vamos ficar bem felizes’’, disse a gerente da loja, Raquel Kussem. Ela acredita que o tíquete médio fique em R$ 100. A previsão é que o movimento de clientes comece no início de maio, mas o pico de vendas deve ocorrer nos últimos três dias que antecedem a data.
Andréa Bertoldi,br>Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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