Copel solicita reajuste de 32,45% na tarifa
Companhia diz que compra de energia gerada por termelétricas é responsável pelo alto índice de aumento pleiteado à agência reguladora

Isoladamente, a Copel Distribuição apresentou prejuízo de R$ 14 milhões no primeiro trimestre de 2014
Curitiba - A Companhia Paranaense de Energia (Copel) solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um reajuste de tarifa para este ano de 32,45%. O pedido da estatal paranaense foi enviado para a agência reguladora no dia 26 de maio e divulgado ontem. E, se for autorizado, será cobrado do consumidor final a partir do dia 24 de junho. A decisão sobre o valor do reajuste deve ser divulgada na próxima semana. Há expectativas de que o governador Beto Richa, que vai tentar reeleição em outubro, não autorize o repasse integral do índice.
De acordo com a planilha que a Copel enviou à Aneel, chamada de Índice Tarifário Pleiteado (ITR), o aumento solicitado é calculado da seguinte forma: 19,1% da parcela A (encargos setoriais, custos com transmissão de energia e contratos já assinados de compra de energia que vão impactar no futuro), 11,8% de componentes financeiros formados por energia já comprada, e 4,94% referente à parte de reajuste autorizado no ano passado e não aplicado na sua totalidade.
Em 2013, o reajuste médio autorizado pela Aneel foi de 14%. Mas, em meio à onda de protestos que tomou conta do País em junho, o governador Beto Richa decidiu aplicar 9,55%. Com isso, sobrou um saldo residual de reajuste.
O diretor presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe, explicou que a compra de energia é o que mais pesa no pedido de reajuste. Segundo ele, o uso intenso de termelétricas, devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, influenciou muito no custo da empresa. De acordo com ele, se a estatal não reajustar a tarifa, ela não conseguirá fazer parte dos investimentos futuros necessários. Ele lembrou que a Copel Distribuição, isoladamente, teve um prejuízo de R$ 14 milhões no primeiro trimestre de 2014. No mesmo período do ano passado, o prejuízo tinha sido de R$ 65 milhões. Já o balanço total da companhia, também do primeiro trimestre, apontou um lucro líquido de R$ 583 milhões contra R$ 398 milhões no mesmo período do ano passado, o que significa um crescimento de 46,3%.
O consultor financeiro da Inva Capital, Raphael Cordeiro, acredita que a Aneel vai aprovar os 32,45% pois o reajuste ficou represado parcialmente no ano passado. Segundo ele, pesou muito o custo da energia proveniente das termelétricas. O consultor ressaltou que, unindo a inflação do ano mais o reajuste residual do ano passado, já daria um aumento de 10%. No entanto, ele acredita que há grandes chances de o governador não aplicar todo o reajuste autorizado pela Aneel por ser uma medida antipopular.
Cordeiro ressaltou ainda que um reajuste menor comprometerá a remuneração dos acionistas da estatal paranaense e a capacidade de investimentos da Copel Distribuição. Por outro lado, um reajuste elevado teria um impacto enorme para a inflação, na opinião dele, e para o custo das indústrias. Ele lembrou que a renda da população decresceu e que o ritmo de criação de empregos no País desacelerou.
De acordo com a planilha que a Copel enviou à Aneel, chamada de Índice Tarifário Pleiteado (ITR), o aumento solicitado é calculado da seguinte forma: 19,1% da parcela A (encargos setoriais, custos com transmissão de energia e contratos já assinados de compra de energia que vão impactar no futuro), 11,8% de componentes financeiros formados por energia já comprada, e 4,94% referente à parte de reajuste autorizado no ano passado e não aplicado na sua totalidade.
Em 2013, o reajuste médio autorizado pela Aneel foi de 14%. Mas, em meio à onda de protestos que tomou conta do País em junho, o governador Beto Richa decidiu aplicar 9,55%. Com isso, sobrou um saldo residual de reajuste.
O diretor presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe, explicou que a compra de energia é o que mais pesa no pedido de reajuste. Segundo ele, o uso intenso de termelétricas, devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, influenciou muito no custo da empresa. De acordo com ele, se a estatal não reajustar a tarifa, ela não conseguirá fazer parte dos investimentos futuros necessários. Ele lembrou que a Copel Distribuição, isoladamente, teve um prejuízo de R$ 14 milhões no primeiro trimestre de 2014. No mesmo período do ano passado, o prejuízo tinha sido de R$ 65 milhões. Já o balanço total da companhia, também do primeiro trimestre, apontou um lucro líquido de R$ 583 milhões contra R$ 398 milhões no mesmo período do ano passado, o que significa um crescimento de 46,3%.
O consultor financeiro da Inva Capital, Raphael Cordeiro, acredita que a Aneel vai aprovar os 32,45% pois o reajuste ficou represado parcialmente no ano passado. Segundo ele, pesou muito o custo da energia proveniente das termelétricas. O consultor ressaltou que, unindo a inflação do ano mais o reajuste residual do ano passado, já daria um aumento de 10%. No entanto, ele acredita que há grandes chances de o governador não aplicar todo o reajuste autorizado pela Aneel por ser uma medida antipopular.
Cordeiro ressaltou ainda que um reajuste menor comprometerá a remuneração dos acionistas da estatal paranaense e a capacidade de investimentos da Copel Distribuição. Por outro lado, um reajuste elevado teria um impacto enorme para a inflação, na opinião dele, e para o custo das indústrias. Ele lembrou que a renda da população decresceu e que o ritmo de criação de empregos no País desacelerou.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA

