Monitoramento aéreo já está presente na agricultura
Drones ajudam produtores a acompanhar de forma mais eficiente o desenvolvimento das lavouras
O custo para montar um drone varia de R$ 5 mil a R$ 100 mil; preço do equipamento já montado pode chegar a R$ 200 mil
Acompanhar o desenvolvimento de uma lavoura nem sempre é possível. Primeiro, pela falta de tempo do produtor, que necessita cumprir outros compromissos no dia a dia; segundo, pela dificuldade de acesso a determinados locais da propriedade, principalmente no centro dos talhões, onde só é possível chegar a pé. Contudo, mesmo que o agricultor se aventure no meio da plantação, a avaliação a olho nu nem sempre é satisfatória, já que sua abrangência é restrita.
Novas ferramentas - como o uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), popularmente conhecidos como drones (zangão, em inglês) -, agregadas à agricultura de precisão, podem ser uma alternativa para melhorar o monitoramento da lavoura. A procura por esses equipamentos tem crescido no Brasil, uma vez que tem ajudado o produtor a acompanhar melhor o processo de desenvolvimento da cultura, de danos causados por pragas e doenças, o deficit hídrico, entre outros problemas que podem ocorrer durante a safra.
Mesmo sendo uma tecnologia nova, já existem diversos modelos disponíveis no mercado, cuja eficiência, quando utilizados na agricultura, tem sido testada por empresas privadas e entidades públicas ligadas ao setor de pesquisas. A Embrapa, por exemplo, já possui modelos de drones com alta capacidade de cobertura. Além de desenvolver os aparelhos, a instituição também produz softwares para interpretação das imagens captadas por eles.
Desde 1998 estudando a ferramenta, a Embrapa Instrumentação, sediada em São Carlos (SP), tem focado na construção de equipamentos e softwares para monitoramento aéreo. Lúcio André de Castro Jorge, responsável pelo setor de drones da unidade, explica que o desenvolvimento da tecnologia tem se intensificado nos últimos dois anos. O motivo, explica ele, se deve pela maior disponibilidade de novos equipamentos chineses e norte-americanos no mercado brasileiro de eletrônicos.
"Antes não tínhamos alta tecnologia e os instrumentos eram caros", observa. O problema hoje, conta ele, não são os equipamentos, mas sim os softwares que fazem a leitura das imagens capturadas pelos drones. Para ajudar os produtores nesta questão, a Embrapa criou uma startup para desenvolver e disponibilizar essas ferramentas para os agricultores. Além dos softwares, Jorge lembra que a Embrapa oferece cursos para os interessados em utilizar a tecnologia. O próximo curso será realizado em setembro no centro de treinamento da Embrapa Instrumentação.
Quem pode usar?
Jorge explica que vender serviços de drones ainda é proibido, pois a atividade ainda não foi regulamentada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Porém, o seu uso particular é permitido em áreas rurais, dando a possibilidade de o produtor fazer o monitoramento de sua área. "O drone deve ficar ao alcance dos olhos do operador e voar abaixo de 300 metros de altitude", recomenda o especialista.
O custo para montar um drone varia de R$ 5 mil a R$ 100 mil. Para o produtor que queira comprar o equipamento já montado, pronto para uso, o valor inicial parte de R$ 35 mil a R$ 40 mil, podendo chegar a R$ 200 mil, dependendo do modelo. Jorge afirma que proprietários de usinas de cana-de-açúcar e de áreas para reflorestamento são os mais adeptos dessa nova tecnologia.
folha de londrina
Novas ferramentas - como o uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), popularmente conhecidos como drones (zangão, em inglês) -, agregadas à agricultura de precisão, podem ser uma alternativa para melhorar o monitoramento da lavoura. A procura por esses equipamentos tem crescido no Brasil, uma vez que tem ajudado o produtor a acompanhar melhor o processo de desenvolvimento da cultura, de danos causados por pragas e doenças, o deficit hídrico, entre outros problemas que podem ocorrer durante a safra.
Mesmo sendo uma tecnologia nova, já existem diversos modelos disponíveis no mercado, cuja eficiência, quando utilizados na agricultura, tem sido testada por empresas privadas e entidades públicas ligadas ao setor de pesquisas. A Embrapa, por exemplo, já possui modelos de drones com alta capacidade de cobertura. Além de desenvolver os aparelhos, a instituição também produz softwares para interpretação das imagens captadas por eles.
Desde 1998 estudando a ferramenta, a Embrapa Instrumentação, sediada em São Carlos (SP), tem focado na construção de equipamentos e softwares para monitoramento aéreo. Lúcio André de Castro Jorge, responsável pelo setor de drones da unidade, explica que o desenvolvimento da tecnologia tem se intensificado nos últimos dois anos. O motivo, explica ele, se deve pela maior disponibilidade de novos equipamentos chineses e norte-americanos no mercado brasileiro de eletrônicos.
"Antes não tínhamos alta tecnologia e os instrumentos eram caros", observa. O problema hoje, conta ele, não são os equipamentos, mas sim os softwares que fazem a leitura das imagens capturadas pelos drones. Para ajudar os produtores nesta questão, a Embrapa criou uma startup para desenvolver e disponibilizar essas ferramentas para os agricultores. Além dos softwares, Jorge lembra que a Embrapa oferece cursos para os interessados em utilizar a tecnologia. O próximo curso será realizado em setembro no centro de treinamento da Embrapa Instrumentação.
Quem pode usar?
Jorge explica que vender serviços de drones ainda é proibido, pois a atividade ainda não foi regulamentada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Porém, o seu uso particular é permitido em áreas rurais, dando a possibilidade de o produtor fazer o monitoramento de sua área. "O drone deve ficar ao alcance dos olhos do operador e voar abaixo de 300 metros de altitude", recomenda o especialista.
O custo para montar um drone varia de R$ 5 mil a R$ 100 mil. Para o produtor que queira comprar o equipamento já montado, pronto para uso, o valor inicial parte de R$ 35 mil a R$ 40 mil, podendo chegar a R$ 200 mil, dependendo do modelo. Jorge afirma que proprietários de usinas de cana-de-açúcar e de áreas para reflorestamento são os mais adeptos dessa nova tecnologia.
folha de londrina
Ricardo Maia
Reportagem Local
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