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Dez anos de uma grande trajetória

A cada aniversário a família Santos comemora o "milagre" da vida dos filhos gêmeos

Lis Sayuri
A luta pela vida dos gêmeos Caio e Gabriela, agora definitivamente de alta médica, foi vencida pela fé e dedicação dos pais Ednaldo e Marcele
Londrina - A data 17 de julho é um marco na vida de Marcele e Ednaldo Santos, pois a cada ano que se passa voltam no tempo e relembram o passado com um gostinho de vitória. E agora que os gêmeos Gabriela e Caio completam 10 anos de vida, a fé que toda a família construiu a partir de 2004 pode ser descrita pelos pais como "um milagre".

"Sei que tive pneumonia quando nasci, que fiquei muitos dias no hospital e uma médica cuidou de mim", conta Gabriela, que não se cansa de escutar a história contada por Marcele e Ednaldo.

Os irmãos vieram ao mundo prematuros, quando Marcele estava com apenas 26 semanas de gestação. A FOLHA acompanhou o primeiro ano dos bebês, marcado por conquistas dia a dia.

A surpresa quando o médico avisou que o parto teria que ser imediato, não possibilitou os rituais típicos das mamães. "Eu estava correndo risco de vida e tive que entrar com urgência para a sala de cirurgia. Depois, fiquei internada por conta de uma infecção no útero. Não fiz chá de bebê, não tinha comprado os móveis e só tinha algumas roupinhas. Foi tudo inesperado, assim como a notícia da gravidez de gêmeos", comenta.

Gabriela ficou 75 dias internada e Caio, 90. Eles nasceram com 930 gramas e 1,04 quilo, respectivamente. Um cateter foi colocado para facilitar no tratamento medicamentoso e as notícias que os acompanhavam dia e noite não eram animadoras.

"Ficando na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a gente recebia notícias de crianças que não resistiam e ficava imaginando como seria nossa história. A cada telefonema, chamado ou intervenção, era uma angústia", lembra Ednaldo, citando que os médicos não davam muita esperança. "Eles nos diziam que o Caio e a Gabriela não teriam uma vida normal. Eles teriam sequelas e iriam depender sempre de remédios", completa.

Foi nesse período que a família passou a frequentar a Igreja. E se a felicidade já parecia estar completa quando as crianças finalmente foram para casa, ela deu novos sinais para os Santos, que no ano passado viram os filhos terem alta do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

"Desde o nascimento, todos os anos a gente os levava para fazer exames, acompanhar o peso e desenvolvimento. Como eles sofreram muito quando nasceram, precisavam ser monitorados. Mas agora, eles estão perfeitamente bem. Não tomam remédio, não tiveram nenhuma sequela. Para nós, é um presente de Deus", comemora.
Micaela Orikasa
Reportagem Local-folha de londrina
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