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‘Família Barros’ migra para campanha de Beto

Silvio Barros desiste da disputa ao governo do Estado e libera Cida Borghetti para a chapa tucana

Curitiba - O PSDB do Paraná anunciou ontem que a deputada federal Cida Borghetti (Pros), mulher do ex-secretário de Estado da Indústria e Comércio Ricardo Barros (PP), será a vice na chapa encabeçada pelo governador Beto Richa (PSDB). Já o PT deixou para os instantes finais a definição do companheiro de Gleisi Hoffmann (PT) na disputa. Segundo o presidente estadual da sigla, Enio Verri, o favorito para ocupar o posto é o médico Haroldo Ferreira (PDT), no entanto, caberia ao PDT, que até o fechamento desta edição seguia reunido, bater o martelo. Ricardo Gomyde (PCdoB), por sua vez, foi confirmado como candidato da coligação ao Senado.

No caso do PSDB, de acordo com o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni (PSDB), a decisão já estava tomada desde anteontem. A confirmação, contudo, dependia de alguns "acertos". O principal deles era o ex-prefeito de Maringá Silvio Barros (PHS), irmão de Ricardo, abdicar de sua candidatura ao governo do Estado, engrossando assim a lista de apoiadores. Por isso, até as 20h, o tucano insistia em dizer que "a fumaça branca" ainda não havia saído. A chapa completa será apresentada às 10 horas de hoje, na sede estadual da sigla, localizada no bairro Alto da XV, em Curitiba.

A favor da parlamentar pesaram os fatos de possuir base no interior do Estado e de ser mulher, como Gleisi e a vice de Requião, Rosane Ferreira (PV). Cida não foi, porém, o "plano A" do grupo de Beto. Primeiro, os governistas apostaram na aliança com o PMDB, que indicaria Caíto Quintana ou Osmar Serraglio ao posto. Depois, diante da derrota na convenção peemedebista, veio o convite ao deputado federal Ratinho Jr. (PSC), que preferiu concorrer à Assembleia Legislativa (AL), como puxador de votos.

Também cogitado para assumir a vaga, o presidente do PSD no Paraná, Eduardo Sciarra, deve ser o coordenador geral de campanha. Segundo o deputado estadual Ney Leprevost (PSD), a sigla indicou, ainda, a suplência de Alvaro Dias (PSDB) no Senado, a ser ocupada pelo empresário Joel Malucelli (PSD). Além de Pros, PHS, PP e PSD, os três primeiros controlados pela família Borghetti Barros, devem integrar a coligação pelo menos mais dez partidos. Um deles pode ser o PPS, que decidiria entre a candidatura própria, do deputado federal Rubens Bueno, e o apoio a Beto. A convenção do partido começou por volta das 18 horas de ontem e não tinha hora para terminar.

Envolto em uma disputa com o PDT, que clamava por mais espaço na chapa majoritária, e com integrantes da própria legenda, o PT prorrogou a definição para os últimos minutos. De acordo com Verri, a única decisão tomada ontem foi que Ricardo Gomyde (PCdoB) disputará o Senado. Ele venceu a concorrência interna do deputado federal Dr. Rosinha (PT) e do advogado Cláudio Ribeiro (PT).

O posto era reivindicado também pelo PDT, que alegava ter mais representatividade política do que os comunistas. Segundo a assessoria de imprensa do partido, os pedetistas continuariam reunidos madrugada adentro, para decidir se avalizavam o nome de Gomyde ou se lançavam o vereador de Curitiba Jorge Bernardi como candidato avulso. A sigla também preferiu não confirmar se Haroldo Ferreira seria o vice de Gleisi. Além de PDT e PCdoB, o PT conta com os apoios de PTN, PEN e PRB.

folha de londrina
Mariana Franco Ramos
Reportagem Local
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