Festa religiosa deve reunir multidão em Siqueira Campos
Celebração ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde começa na sexta; 120 mil pessoas são esperadas durante os seis dias de festa
O evento é uma das maiores festas religiosas do Estado, com números crescentes de romeiros a cada ano; praça de alimentação deve servir mais de 30 toneladas de refeições
Siqueira Campos – A comunidade católica de Siqueira Campos se prepara para a 83ª edição da Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, que começa nesta sexta-feira e segue até a próxima quarta-feira, 6 de agosto, data em que é celebrado o dia do padroeiro. Nos seis dias de festa, os organizadores estimam que 120 mil pessoas passem pelo santuário, contingente seis vezes maior que a população do município.
Atração da Rota do Rosário, o evento é uma das maiores festas religiosas do Estado. Os números impressionam. Só na praça de alimentação, serão servidas 20 toneladas de carne bovina, 350 leitoas, três toneladas de coxa e sobrecoxa de frango, três toneladas de carne de panela. Tudo é armazenado em duas câmaras frias no próprio recinto da festa. Segundo José Bueno, que há uma década está a frente da organização, cerca de 10% são doações, o restante é comprado com o dinheiro do caixa da festa anterior.
Para dar conta de atender tanta gente, são necessários cerca de 500 voluntários. "Gente para trabalhar aqui é o que não falta. Todo mundo gosta, pois também se diverte bastante", conta. Além do tradicional churrasco, a gastronomia também conta com barracas de doces e salgados, entre eles o famoso bolinho de polvilho. Inicialmente denominada Colônia Mineira, a cidade conserva vários aspectos dos colonizadores, presentes na cozinha e nas ladeiras íngremes da cidade.
O relevo acidentado é um desafio a mais para a multidão de romeiros que segue em procissões pelas ruas do centro. No último domingo, a primeira procissão luminosa com a imagem do santo reuniu cerca de 4 mil fiéis. A peregrinação é a primeira ação da programação religiosa da festa. "Além da programação social, temos missas e novenas todos os dias", divulga Bueno. No santuário, a sala de agradecimentos pelas graças recebidas se enche de fotos, muletas e outros objetos que sugerem curas milagrosas pelo Senhor Bom Jesus da Cana Verde.
Segundo a paróquia, são muitas as histórias sobre a origem do culto a essa devoção a Jesus Cristo, que teve a imagem esculpida em cedro há cerca de 200 anos. Algumas versões fundamentadas em investigações históricas atribuem a obra ao próprio Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) ou então a algum discípulo dele. Por um decreto pelo então bispo de Jacarezinho, Dom Fernando Taddei, assinado em 1º de março de 1934, Siqueira Campos recebeu a imagem do Senhor Bom Jesus da Cana Verde.
O número de romeiros cresce a cada ano. No início da década de 1990, a cidade registrava cerca de 40 mil pessoas. Já a partir da metade da década seguinte, o evento foi catalogado no calendário de turismo religioso do Paraná e passou a receber 100 mil visitantes. A fragilidade da rede hoteleira de Siqueira Campos e cidades da região é o grande gargalo da festa. A maioria dos romeiros tem de retornar no mesmo dia ou se abrigar em casa de parentes.
SEGURANÇA
Para garantir que a festa transcorra sem incidentes graves, a Polícia Militar anunciou que vai intensificar as ações com maior efetivo e mais rigor em blitzes de trânsito. Equipes de Londrina devem reforçar a tropa. A Polícia Civil também estará presente com a Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe).
Atração da Rota do Rosário, o evento é uma das maiores festas religiosas do Estado. Os números impressionam. Só na praça de alimentação, serão servidas 20 toneladas de carne bovina, 350 leitoas, três toneladas de coxa e sobrecoxa de frango, três toneladas de carne de panela. Tudo é armazenado em duas câmaras frias no próprio recinto da festa. Segundo José Bueno, que há uma década está a frente da organização, cerca de 10% são doações, o restante é comprado com o dinheiro do caixa da festa anterior.
Para dar conta de atender tanta gente, são necessários cerca de 500 voluntários. "Gente para trabalhar aqui é o que não falta. Todo mundo gosta, pois também se diverte bastante", conta. Além do tradicional churrasco, a gastronomia também conta com barracas de doces e salgados, entre eles o famoso bolinho de polvilho. Inicialmente denominada Colônia Mineira, a cidade conserva vários aspectos dos colonizadores, presentes na cozinha e nas ladeiras íngremes da cidade.
O relevo acidentado é um desafio a mais para a multidão de romeiros que segue em procissões pelas ruas do centro. No último domingo, a primeira procissão luminosa com a imagem do santo reuniu cerca de 4 mil fiéis. A peregrinação é a primeira ação da programação religiosa da festa. "Além da programação social, temos missas e novenas todos os dias", divulga Bueno. No santuário, a sala de agradecimentos pelas graças recebidas se enche de fotos, muletas e outros objetos que sugerem curas milagrosas pelo Senhor Bom Jesus da Cana Verde.
Segundo a paróquia, são muitas as histórias sobre a origem do culto a essa devoção a Jesus Cristo, que teve a imagem esculpida em cedro há cerca de 200 anos. Algumas versões fundamentadas em investigações históricas atribuem a obra ao próprio Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) ou então a algum discípulo dele. Por um decreto pelo então bispo de Jacarezinho, Dom Fernando Taddei, assinado em 1º de março de 1934, Siqueira Campos recebeu a imagem do Senhor Bom Jesus da Cana Verde.
O número de romeiros cresce a cada ano. No início da década de 1990, a cidade registrava cerca de 40 mil pessoas. Já a partir da metade da década seguinte, o evento foi catalogado no calendário de turismo religioso do Paraná e passou a receber 100 mil visitantes. A fragilidade da rede hoteleira de Siqueira Campos e cidades da região é o grande gargalo da festa. A maioria dos romeiros tem de retornar no mesmo dia ou se abrigar em casa de parentes.
SEGURANÇA
Para garantir que a festa transcorra sem incidentes graves, a Polícia Militar anunciou que vai intensificar as ações com maior efetivo e mais rigor em blitzes de trânsito. Equipes de Londrina devem reforçar a tropa. A Polícia Civil também estará presente com a Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe).
Celso Felizardo
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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