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Kireeff anuncia indústria de componentes para elevador

Fábrica que será transferida de Cambé terá investimento total de R$ 22 milhões

Gina Mardones
O prefeito Alexandre Kireeff, ao lado de Dimas Maia (DMX) e Andreas Witte (Wittur): nova indústria vai gerar 170 empregos
O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) convocou a imprensa ontem à tarde para dar uma boa notícia. Depois de muitos anos sem qualquer investimento no setor industrial, a cidade vai ganhar uma nova fábrica: a Wittur. Multinacional de origem alemã, ela deixará Cambé, onde está desde 2000. E fará o caminho inverso daquelas empresas que, nos últimos anos, trocaram Londrina por outros municípios da região metropolitana.

A transferência e a expansão da indústria, que tem a Atlas Schindler como principal cliente, se darão em parceria com a DMX Engenharia. As empresas fecharam um contrato na modalidade "build to suit", que pode ser traduzido por "construído sob encomenda". A construtora investirá R$ 12 milhões no terreno (já adquirido) e na construção do prédio que, posteriormente, vai locar para a Wittur.

Já a fábrica investirá R$ 10 milhões na ampliação, a maior parte na aquisição de máquinas e equipamentos. A planta vai se localizar na extensão da Avenida Saul Elkind (zona norte), sentido Ibiporã, a 2,2 quilômetros da Atlas Schindler. E a promessa é que fique pronta em 12 meses.

Diretor geral da Wittur para América Latina, Andreas Witte explicou que a decisão por Londrina se deu principalmente para que a fábrica continue próxima da principal cliente.

A empresa importa insumos da Europa e da China e pretende exportar produtos para a Colômbia. Questionado se a distância do Porto de Paranaguá não atrapalha o negócio, ele respondeu que sim. "Londrina não seria a localidade ideal, mas temos nossa história e nossa cliente aqui", afirmou.

Por outro lado, a mão de obra mais barata que nos grandes centros, foi citada por Witte, como um fator a favor de Londrina. Atualmente a empresa emprega 70 funcionários e, com a ampliação, vai empregar 170. O diretor afirmou que, além de operacionais, a indústria precisará de funcionários para funções mais qualificadas, incluindo engenheiros, podendo "importar" profissionais de grandes centros. Questionado se Londrina não oferece mão de obra adequada ao projeto, ele afirmou: "De forma geral sim, mas, talvez não para algumas especificidades". Witte não adiantou a média salarial, mas disse que será maior que em Cambé.

Mais que aumentar a produção, a empresa irá ampliar seu portfólio. Atualmente, ela importa portas de elevadores produzidos na planta da Argentina. E passará a fabricar as portas em Londrina. De acordo com ele, atualmente são importadas 7 mil portas por ano e a produção na cidade será de 20 mil. A projeção é que o faturamento atinja R$ 120 milhões num período de dois anos após a inauguração da unidade. Segundo Witte, o grupo fatura 500 milhões de euros no mundo. Na América Latina, além de Brasil e Argentina, a fábrica também está presente na Colômbia.

Presente na coletiva, o diretor da DMX, Dimas Maia, disse que o terreno já foi comprado. Ele não revelou de quem, nem o valor. "Vamos dar início à construção imediatamente", disse. Maia também afirmou que o ex-proprietário da área irá construir um fábrica ao lado da Wittur. Mas não quis dar pistas do empreendimento. O empresário ressaltou que tem recebido o apoio do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) para agilizar os trâmites do licenciamento da obra.

O prefeito Kireeff comemorou o novo investimento. "O papel da Prefeitura foi apoiar a empresa na identificação da área apropriada. Vamos consolidar este novo eixo industrial que desenvolvemos na Avenida Saul Elkind", afirmou.
Nelson Bortolin
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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